Demorou mas, enfim, o Fluminense parece ter reunido as condições exímias para inviabilizar sua classificação à segunda fase da Copa Sul-Americana.
Já na escalação, era possível imaginar o que seria possível, ou melhor, o que seria impossível: vencer um duelo difícil na casa de um adversário que, embora teoricamente mais fraco, já havia nos empatado a vida no Maracanãhá cerca de um mês.
O treinador, simpático à gestão – e segundo o próprio, tem uma relação mais profunda com o Mário -, parece ter sido no cargo de figurante para manter os esquemas, não os táticos, mas os que nós só podemos abstrair por observação, mas não casar uma nota, tamanho o comprometimento com jogadores estranhos ao futebol sendo escalados.
Wellington, fixado por decreto, parece guardar a vaga de Felipe Melo, protagonista na eliminação da Pré-Libertadores diante do Olimpia, no Paraguai. Mário Pineida promovido para ser o burro da vez da lateral esquerda. Improviso de Yago, que é um jogador mediano na lateral direita, resultado prático: não performa pelo lado e pouco soma por dentro.
Amiúde, a equipe, mais uma vez, foi a campo desastrada, entortada e deformada, sem o melhor primeiro volante disponível escalado na posição, sem o melhor segundo volante escalado, sem lateral direito de ofício, além de acreditar que teria ignição com Ganso voltando de lesão e Nathan improvisado de titular, quando ainda não há um trabalho assertivo que consiga vencer uma partida.
Difícil focar no jogo, porque ele deveria ser parte de uma campanha, mas nem isso aconteceu. O Unión soube ler melhor o que pedia a partida: linhas altas, pressão na construção interna buscando chances de gol. Já o Fluminense, como não tinha uma proposta objetiva, tentou com cautela demais, sem agredir o adversário.
Teria sido mais honesto se o Fluminense sinalizasse abdicar da competição e tivesse enviado o desnecessário sub-23, comandado por Aílton Ferraz e armação ilimitada, pois assim, o torcedor estaria tranquilo e sem esperar uma vitória, um gol, uma classificação.
Ao que parece o trabalho seguirá, como de um aspirante a partícipe das competições que virão. André, até que seja vendido, deverá seguir deslocado de posição, e talvez – espero estar errado – quem sabe, jamais veremos em campo o melhor Fluminense possível outra vez na temporada.
Boa sorte, Diniz, boa sorte a todos os envolvidos, pois já que decidem ignorar as boa práticas e a ciência do jogo, vão precisar dela, e muito.
Improvisar o Yago na lateral, foi o grande erro de FD, já de cara. Deveria ter usado Calegari na lateral e Yago no lugar de Nathan, já que Yago ao menos pressionaria mais a saída de bola adversária.
Mesmo não gostando de Calegari como lateral, hoje não era a hora de buscar uma improvisação. Era jogo para o básico bem feito. 1 a 0 já serviria.