Os vícios da letra F (por Claudia Barros)

Várias coisas que começam com a letra F são verdadeiros vícios na minha vida: feira, fotografia, faxina, família, futebol, Fluminense…

Mas tirei alguns dias de férias. E as férias, que também começam com F, foram totais, inclusive do Fluminense.

Mal vi a queda do Abel e a ascensão do Diniz.

Mal vi Nathan ganhando projeção, na visão de jogo empreendida pelo novo treinador.

Tampouco vi a classificação sobre o Vila Nova pela Copa do Brasil. Mas sei que caiu como uma luva não apenas para as aspirações tricolores no ano, mas também para dar relativa tranquilidade a Diniz, nesse reinício de trabalho.

Lembro bem da última passagem do Diniz pelo Flu. Assim como lembro da passagem do Diniz pelo Athletico, nosso próximo adversário no Brasileirão 2022.

No ano de 2018, Fernando Diniz treinou o time paranaense, perdendo inclusive para o Fluminense pelo Brasileirão daquele ano, por 2 a 0. Na ocasião, Marcos Junior fez o gol tricolor e o veterano Thiago Heleno fez contra, dando placar final ao jogo.

Fernando Diniz, que tanto já andou pelas terras paranaenses, seja como jogador, seja com treinador, não vingou como treinador do Atlético e foi demitido ainda em 2018.

Em dezembro do mesmo ano, foi contratado pelo Fluminense onde ficou por menos de um ano, sendo demitido em agosto de 2019.

Na primeira passagem do treinador pelo Flu, havia entre os torcedores um misto de gosto pelo que via e lamento pela ausência dos resultados almejados. Havia um lamento coletivo porque todos sabíamos que a demora por resultados satisfatórios, leia-se vitórias, culminaria na demissão do técnico e na alteração do futebol mais bonito que o Fluminense praticou nas últimas décadas.

Gosto muito do Diniz. Gosto pessoalmente. Faço parte daquele lado da torcida que acha Diniz um desafogo, um bálsamo, um suspiro no futebol.

Não é um futebol vencedor? Ainda não, no critério título e conquistas. Mas é um futebol vencedor no quesito consciência técnica, tática e plasticidade.

Ciente de conceitos valiosos para o bom futebol, sabe fazer seu time cadenciar a bola.

Precisa, sem dúvida, e espero que traga nesse retorno ao Fluminense, associar cadência à rapidez, impor maior agressividade no jogo e trabalhar contra-ataques.

Torço demais para que isso aconteça.

Pelo Flu e por Fernando Diniz.

Como falei, estava de férias e me desintoxiquei das coisas que não são saudáveis no Fluminense: gestão, falta de transparência, negociações inexplicáveis.

Mas me enterneci com o lado bom da paixão. Cheia de esperança, creio que assim como Ganso faz seu melhor ano pelo Flu, Diniz também o fará.

Charme e elegância combinam com o bom futebol. Ganso e Diniz sabem disso.

E para fechar, palmas para a torcida tricolor de Brasília que deu um show em Goiânia, na última quarta-feira, 11 de maio, no jogo contra o Vila Nova.