Como quem pesca à beira de um rio calmo e tranquilo, como quem curte um fim de semana de Páscoa na boa, com comida, cuia e tereré na mão, comendo um pacu com pequi, após uma viagem e goleada na bagagem sofrida, o Fluminense fez de conta que jogou e nós, torcedores, deixamos de fazer algo produtivo em nossas vidas.
Um gol contra do Paulão, lindo gol por sinal, antecipando ao Caio Paulista, que segundo a transmissão oficial, vai voltar a ser o craque que nunca foi. Ok.
Abel poupou alguns jogadores para ele imprescindíveis, nesta partida diante do Cuiabá. São eles: David Braz, Cristiano, André, Yago e Cano. Desses, André e Braz nem ficaram no banco de reservas. E com isso rascunhou um 4-4-2, porém com três homens no meio e três na frente, pois temos dois adendos, no meio, Wellington servia mais como um terceiro zagueiro, ou a posição especial, tal qual uma cadeira cativa ou ainda um assento preferencial para necessidades especiais em locais públicos e coletivos, criada para o Ruf Melo, e na frente, Arias e LH tinham a missão de correr e carregar o banquinho para o Fred sentar.
Para não dar chances ao azar, o Fluminense se manteve em linha recuada sem a bola e em linha média com a posse dela, sem gatilho de pressão, sem construção ofensiva e nada reativo, até porque o Cuiabá também não era capaz de propor o jogo.
Restou ao time do Fluminense esperar pela sorte. Ela apareceu. Valeu pelos três pontos e só. Mas é preciso lembrar que foi contra o Cuiabá, treinado pelo Pintado.
Cano transgrediu a lógica, arrancou como um ponta na direita lançado por Yago, cruzou a bola para a área e Paulão, icônico zagueiro do Dourado, empurrou para dentro do próprio gol, quebrando o zero a zero declamado em verso e prosa pelos agentes da partida.
Na próxima terça-feira teremos pela frente o parco Vila Nova de Goiás, no Maracanã, pela Copa do Brasil, a princípio, por outra competição que o Fluminense em tese deve priorizar. A ver.