A torcida fez a festa, se comportou direitinho e ninguém pode reclamar de dor na alma. Dentro de campo, o Fluminense fez o evidente e venceu o time de juniores da Chapecoense, depois de um primeiro tempo com duas bolas na trave, acertadas por Arias. O que faltou para a fase de grupos da Libertadores foi acertar os resultados dos outros jogos. O Bragantino, velho rival de trinta anos atrás, fez seu gol no finalzinho e abocanhou a vaga direta. Ao Flu, sobrou a pré-Libertadores junto com o América Mineiro.
Ficou o gosto amargo, porém necessário, para a devida compreensão dos fatos e reflexão sobre o que nos espera em 2022.
Um deles, natural: pioramos em relação ao Brasileirão anterior. Não que aquele fosse grande coisa, mas caímos de posição. É um fato. Caem por terra os discursos pernósticos de MBA de vestiário e congêneres.
Descontada a grande hipérbole da festa no Maracanã diante da Chape, a carruagem vira abóbora e voltamos ao normal. Completamos sim os nove anos sem títulos expressivos e, se não quisermos mais um ponto nessa triste série histórica, o Fluminense vai precisar mudar e rápido. Sabe que, com o elenco atual, dificilmente deixará de ser figurante nas próximas competições.
O que vai mudar para valer, para melhorar, para tornar o Flu um candidato real aos títulos? Não se sabe. Com Felipe Melo no lugar de André, ovacionado no Maracanã, é que não vai ser.
A ladainha de que é melhor disputar a Libertadores (pré) do que lutar para não cair faria até algum sentido, não fosse o atual presidente quem comandava o futebol nos desastrosos Brasileiros de 2015 e 2019. O Fluminense não deveria jogar a principal competição nacional apenas como passaporte para a Libertadores, mas para disputar e ganhar o título, obrigação de um grande clube.
Bom, vamos lá. Agora é esperar a pré (sem Maracanã) e buscar a classificação. Estão rolando os dados, dia sim, dia não.