Amigos, amigas, que o time do Fluminense, apesar da distância na tabela, está longe de ser melhor do que o do Bahia, isso parece óbvio. Que era um jogo presumivelmente difícil, não havia quem o negasse. O que o mais desavisado dos expectadores não podia imaginar era o que aconteceu em campo na partida de hoje.
Desde os momentos iniciais da partida, a impressão que tinha o mais desavisado era de que o Bahia era o time que brigava por uma vaga na fase de grupos da Libertadores. Era de que o Fluminense, um bando em campo, sem nenhum fundamento coletivo e com jogadores ruins, era o time quase rebaixado.
Nossa meta era vencer o jogo e assumir uma posição no G-6, contando com derrota do Bragantino, que aconteceu, frente ao campeão Atlético MG. Mas o Fluminense não jogou nada. Com muitos desfalques importantes, Marcão ainda conseguiu escalar o time muito mal, deixando Martinelli de fora para escalar Wellington, abrindo mão do que poderíamos ter de melhor, que era nossa trinca de volantes.
O que diabos faz o Caio Paulista em campo? Eu sei que era difícil pensar em algo diferente com tantos desfalques, mas eu até apostaria no Cazares jogando à frente da trinca de volantes, para que nós tivéssemos um time capaz de controlar o jogo e atacar com alguma qualidade.
Vou dizer mais o que desse jogo, se ele é a expressão da total falta de lógica na gestão futebolística do Fluminense? Um time que ninguém entende como está onde está no campeonato, muito embora isso possa ser facilmente explicado pelos adversários e pelo nível lamentável da competição. Sem demérito algum, claro, para o Atlético MG, um time que não vive só de nomes, mas também de alguma qualidade conceitual sob o comando de Cuca, o cara que sobreviveu da velha guarda de técnicos retranqueiros e apaixonados por volantes trombadores e outras idiossincrasias do futebol brasileiro.
Com o resultado de hoje, não podemos mais alcançar Fortaleza e Corinthians. Teremos que vencer a Chapecoense e torcer para que o Bragantino, jogando em casa, não vença o Inter, para terminarmos o campeonato em sexto lugar, torcendo para que o Atlético MG, de novo, vença o Athlético PR na final da Copa do Brasil. Mas ainda tem um complicador. Daqui a pouco enfrentam-se Ceará e América MG. O vencedor nos ultrapassará e será mais um para termos que secar na última rodada.
O que vemos hoje é o fruto de uma gestão política e comercial de um ativo esportivo, que é o futebol do Fluminense. A única coisa que não entra nessa equação é a preocupação com a gestão esportiva. Marcão até que conseguiu nos enganar, não, tenho certeza, que fosse essa sua intenção. É um trabalhador, é estudioso, é um cara legal, mas quando eu falo que conseguiu nos enganar me refiro às duas últimas temporadas, quando conseguiu levar o Fluminense a bom termo seguindo, antes, o trabalho de Diniz, depois, o de Odair, nunca, entretanto, colocando sua marca.
Eu torcerei sempre por Marcão, que é uma referência histórica do Fluminense, mas é inadmissível que, em plena primavera de 2021, tenhamos um técnico ora empossado por seu apoio político ao atual presidente. Isso transcende os limites do absurdo e insulta uma instituição esportiva que é referência histórica de um país e mesmo do esporte mundial.
Assim como é inaceitável que um clube sério tenha Fred como titular absoluto e intocável. Fred, mais do que Marcão, é referência histórica do Fluminense. Tem seu nome gravado na história, mas eu não preciso dessa lenga lenga toda para dizer que sua presença em campo penaliza o Fluminense e compromete nosso desempenho. Se alguém não consegue enxergar isso, me desculpe, mas é caso tão grave que um oftalmologista não dá jeito.
Então, tudo indica que nossa primeira contratação para 2022 será o volante Felipe Melo. É mal jogador? Não. É muito bom jogador, mas vem para um setor onde temos excelentes jogadores, com um salário altíssimo, com 38 anos de idade. Eu até brinquei esses dias dizendo que um clube que tem Felipe Melo como primeiro reforço é um clube que está montando um elenco para ser campeão de tudo.
Porque se você tem dinheiro para contratar um veterano, que terá que disputar posição com jogadores talentosos, é porque certamente está gabaritado a trazer umas três ou quatro grandes estrelas do futebol, que transformariam esse Fluminense num timaço.
Mas a gente sabe que não é bem assim que a banda toca. É só olhar quem é o empresário do cara e reconhecer a natureza da política que reina impune no clube.
Ah, sim, tem o balancete do terceiro trimestre. Falarei sobre isso oportunamente, mas já adianto que esse mesmo indicador é a amostra clara do que o Fluminense deveria fazer, e não faz, para sair do ostracismo.
Vamos aguardar a última rodada, fazer um espetáculo no Maracanã, que é a aptidão natural da Mais Extraordinária Força Popular do Planeta, e ver qual será o desfecho dessa temporada. A próxima não será só esportiva. Terá que ser, acima de tudo, política, porque precisamos de quem se comprometa com a profissionalização total do Fluminense, com o fim da gestão política e o início de uma nova era, cujo alvorecer já nos oferece desafios gigantescos, que ninguém, no comando do clube, teve, até agora, coragem, inteligência, desprendimento e sabedoria para enfrentar.
Saudações Tricolores!
Quando será que toda a torcida do FLU encampará efusivamente o verdadeiro responsável Paulo Angione pelas nefastas contratações que tem feito…o presidente todos já sabemos é apenas um torcedor e comprovadamente não entende nada de futebol…a parte técnica é o Paulo Angione quem decide e muito mal….
Sugiro de imediato a campanha #FORA ANGIONE !!
O problema maior foi a falta de vontade, porque futebol a maioria do elenco não tem. O Bahia jogou na quinta-feira e correu e lutou muito mais. Todas as vezes que o time ficou uma semana de folga para treinar, perdeu.