Fluminense, o rei do acordo (por TTP)

A comemoração da vez do Fluminense não é o título carioca do Sub-20 sobre o Flamengo, mas sim a renegociação de dívidas.

O clube fechou dois acordos após penhoras.
Acertou com o goleiro Fernando Henrique um acordo onde o Fluminense se comprometeu a pagar R$ 1.251.100,92, parcelados até 2024.

Acertou também com o ex-zagueiro Thiago Gosling um acordo onde pagará até 2024 R$ 3.244.000,00.

O clube ainda nos últimos meses, fez outros acordos na Justiça.

– Washington, o coração valente: R$ 1,3 milhão até 2022;

– André Luís (zagueiro): 5,1 milhões até 2024;

– Ygor (volante): R$ 945 mil até 2024;

– Cássio (zagueiro): R$ 420 mil até 2022;

– Marcelo Oliveira (treinador): R$ 582 mil até 2023.

O Fluminense nos últimos anos não cumpre leis trabalhistas, não recolhe FGTS, não faz seguros, nada.

Além de ter entrado para a história por ter demitido atletas campeões brasileiros pelo aplicativo do Whatsapp.

De 2012 (ano do último título brasileiro) para cá, o clube vem sendo campeão de absolutamente nada. Exceto a maravilhosa Copa da Primeira Liga em 2016, torneio cujos únicos times a terem vencido são Fluminense e Londrina (talvez, porque tenha durado duas edições).

Outra grande notícia no Tricolor é a campanha de Fred pelo uso de bigode grosso no elenco. Até mesmo eu, este humilde cronista deixou crescer o meu.

Quanta alegria, quanta emoção.

Tanta coisa para se comemorar, que o título do sub-20 sobre o clube da Gávea fica em segundo plano.

Afinal, para que dar tanto destaque a um título conquistado por jogadores que talvez nem cheguem ao time principal mesmo, não é?

O importante é negociar, renegociar, despenhorar…

Nestas coisas, o Fluminense continua um gigante.
 
Em tempo: o jogo contra o Santos foi adiado, pois o clube paulista pediu, o cavalheirismo do clube falou mais alto e o Fluminense aceitou. Em contra-partida, o Fluminense solicitou a  liberação de público para seu jogo contra o Fortaleza em casa. Vale agora ver se o cavalheirismo vai valer para nós também, e liberem.
 
Em tempo 2: continuo sendo contra a liberação de público nos estádios, enquanto houver maluco se recusando a ser vacinado.
 
Em tempo 3: a informação de que o clube não vai renovar com alguns jogadores no fim do contrato em plena competição, soa como autossabotagem. Em sendo verdadeira, a informação é prova de amadorismo e desrespeito, e talvez explique por que o clube sofre tantas ações na Justiça.
 
Saudações renegociadas…