E o que era provável aconteceu: o Fluminense foi eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético Mineiro.
Mesmo que parte considerável da torcida insistisse em acreditar que o imponderável pudesse acontecer, a lógica deu as cartas; afinal, é improvável que o improvável aconteça sempre.
Vou até repetir: é improvável que o improvável aconteça sempre.
Sobre o jogo da quarta passada, o Fluminense nem jogou tão mal assim, mas é preciso levar em conta que o Galo jogou com o freio de mão puxado.
Sem André e Martinelli, Marcão escalou Nonato de início mais uma vez. E em uma partida onde o time precisava reverter o resultado, ao invés de escolher um jogador ofensivo, completou o meio campo com o rejeitado Wellington.
O jogador, claro, não jogou tão mal quanto prevíamos, porém, não acrescentou nada ao time. Aliás, ninguém vem acrescentando nada nos últimos jogos.
Até mesmo a vitória sobre o São Paulo, não empolgou ninguém, a não ser a base eleitoral do atual presidente. Torcem mais por ele do que pelo clube. Poderiam até seguir o exemplo do clube da Gávea, fundarem seu próprio clube de regatas e irem torcer à vontade pelo Pequeno Projeto de Príncipe.
Sobrou para nós apenas o Brasileirão.
Atualmente o torneio anda com um nível tão baixo, que não seria surpresa nenhuma se o Fluminense chegasse até entre os cinco primeiros.
O duro seria aguentar um futebol tão sofrível, onde temos de apostar nossas fichas em Gustavo Ápis ou Abel Hernández. Ou em jogadores “de peso” como Bobadilla, Cazares e Wellington. Somado a isso temos a brilhante ideia de Marcão de inverter de lado Caio Paulista, que rende alguma coisinha jogando pela direita.
Aliás, o lado esquerdo tricolor parece ter sido amaldiçoado por uma cigana enfurecida, já que além de nossos dois laterais estarem abaixo do aceitável, os jogadores de frente que são deslocados para aquele lado rendem muito pouco.
Se eu estivesse ao lado do campo, talvez tentasse Marlon ou voltasse com Egídio, porque Danilo Barcellos, definitivamente, não dá.
Com o campeonato já tão avançado em rodadas é impossível encontrar algum jogador que já não tenha feito as sete partidas pelo seu clube, que pudesse vir para ser o armador da equipe. Por isso a fofoca sobre a vinda de Soteldo me chamou à atenção. Nem considero ele um grande jogador, porém seria imbecil da minha parte não acreditar que ele pudesse somar muito nesse time órfão de criação no meio campo. O grande problema seria: ele também seria escalado para ser auxiliar de lateral? Eu tenho 75% de certeza que sim. Parece que está até no regulamento dos campeonatos que o Fluminense precisa jogar nesse esquema de 4-3-3 enrustido.
Mas, partimos para um novo recomeço. Desta vez contra o meu vizinho de estado, o Cuiabá. No que depender do Fluminense, o imponderável pode voltar a acontecer, porque sejamos sinceros, há alguns anos atrás, seria improvável que o Fluminense tivesse receio de enfrentar o Cuiabá. Hoje em dia, o imponderável anda fazendo das suas, o problema é que parece ter cansado de só ajudar ao Fluminense.
Seria mais fácil aceitar que a lógica também joga, e voltar a jogar um futebol minimamente aceitável. Além de ser mais fácil, é até mais divertido.