Amigos, amigas, eu poderia aqui apenas reproduzir a análise mais óbvia, que é a feita pela grande imprensa esportiva. O Fluminense, desde 2020, vem superando as expectativas. Chegou em quinto no brasileiro, foi até as quartas de final da Copa do Brasil e da Libertadores.

Tudo isso não deixa de alguma forma de ser verdade. Se olharmos o perfil da gestão econômica e esportiva do clube, se olharmos as contratações, o Fluminense realmente supera as expectativas, e ainda pode pleitear uma nova participação na Libertadores de 2022 com uma boa colocação no Campeonato Brasileiro.

Quando olhamos, no entanto, dois outros aspectos, os questionamentos e a dúvida surgem arrebatadores. Trombamos com o Atlético MG, que nos eliminou, um time que, depois de faturar minguados R$ 140 milhões em 2020, tem em seu elenco Hulk, Nacho Fernandez, Mariano, Allan, Diego Costa e Cia. O outro aspecto é que já jogamos futebol muito superior ao que praticamos hoje nessa mesma temporada.

Em outras palavras, o Atlético, com sua dívida de R$ 1,2 bilhão, nos mostra que devem existir caminhos alternativos para se sair do ostracismo. Caminhos que, ao que me parece, respondem pelo nome de “investidores”. Ao mesmo tempo, temos que admitir que Marcão, apesar dos resultados no Brasileiro, não nos entregou nenhuma novidade, nada que nos pudesse fazer acreditar que pudéssemos superar o adversário da noite de hoje.

Faltam no Fluminense dinheiro e gestão de recursos, tanto financeiros quanto humanos. A experiência mostra que com o investimento feito poderíamos ter um time e um elenco muito mais qualificados, mas nossas contratações são decepcionantes.

E a gente tem que falar de gestão de recursos, pensando na contratação de Abel Hernández para ganhar R$ 450 mil por mês. A gente tem que falar no assunto pensando na contratação de Casares e outros rebotalhos.

Nós estamos no lugar que escolhemos estar, até com muitos benefícios extras, que o nosso modo de operar não justifica.

A minha análise é de que poderíamos estar no mínimo classificados para a semifinal da Libertadores, mas que não estamos porque não é isso que norteia a visão de quem dirige o clube. De quem não pensa em atrair investimentos e foge obstinadamente do melhor investimento que o clube poderia fazer, que é o projeto de revitalização das Laranjeiras.

Tudo isso porque se negam a profissionalizar o Fluminense e colocá-lo com os dois pés no século XXI. Que cada um pergunte a si o porquê.

Contentemo-nos, portanto, com as migalhas que escolhemos colher.

Saudações Tricolores!

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