Chegamos a um momento crucial da temporada e o Fluminense, que ano passado nos fez sonhar com a reedição de grandes momentos, demonstra lamentavelmente estar sem rumo. O desejo de voltar a ser protagonista parece se esvair devido à falta de comando e organização dentro das quatro linhas. A torcida tricolor está desanimada, descrente de que algo possa ser feito a tempo de manter o time na trilha das conquistas.
Os leitores deste espaço sabem que sou otimista. Acredito que críticas exageradas, motivadas por diversos aspectos, não ajudam muito. Mas indignação é algo difícil de se conter. E o que temos observado nos últimos jogos é inadmissível. Não bastasse a falta padrão tático, de identidade como equipe e as escolhas previsíveis e equivocadas, não temos visto em campo raça, empenho, luta até o fim. Afinal, um time inócuo, a cara do seu atual treinador.
Acompanho futebol há muitos anos, como torcedor e posteriormente como profissional da imprensa esportiva, e não vejo como melhorar a equipe sem um choque de realidade, uma troca de comando. Roger Machado é demagogo, prolixo e ineficaz. Não lembra, nem de longe, aquele jogador que honrava a camisa e que fez história nas Laranjeiras ao marcar o gol de um título inesquecível.
Me recuso a crer que a diretoria está esperando o Fluminense ser eliminado de uma das competições nas quais está nas quarta-de-final e/ou entrar na zona de rebaixamento no Brasileirão para tomar uma providência. A galera tricolor, que em sua maioria apoiou e elegeu a atual administração, exige que providências sejam tomadas a tempo.
No mais, vamos com toda atenção do mundo para cima do Barcelona de Guayaquil. A equipe equatoriana é muito bem organizada, ao contrário da nossa. Se não vencermos no Maracanã, a classificação será muitíssimo difícil. Portanto, vamos acreditar que dá, embora seja difícil acreditar de verdade neste Fluminense do Roger Machado.