O espírito olímpico nos invade, pelo menos a cada ciclo olímpico.
Durante os jogos, as emoções ficam mais afloradas. Impõem-se à nossa frente pessoas com desempenho esportivo acima da média, mas também pessoas que vivem a vida por um momento, as vezes por fração de segundos. É emocionante!
Impossível ficar inerte com façanhas como as de Rayssa Leal, Rebeca Andrade, Ana Marcela Cunha, Mayra Aguiar, Bia Ferreira, Martine Grael, Kahena Kunze, Formiga, Marta, Fernanda Garay.
Impossível não se emocionar com Ítalo Pereira, Darlan Romani, Isaquias Queiroz, Alison dos Santos, Abner Teixeira e suas fantásticas histórias pessoais de superação.
Mas esse preâmbulo tem dois objetivos.
Primeiro, falar de Olimpíada e da fantástica aventura que nos envolve durante esses dias. Existe, apesar de tudo, uma inebriação coletiva.
Segundo, para falar dos esportes olímpicos no Fluminense.
Há, pelo menos, 12 modalidades olímpicas bancadas pelo clube, segundo dados disponíveis no site oficial do tricolor, com quase 800 atletas em atividade.
Há, também, uma efusiva discussão e divisão entre a torcida sobre a manutenção de tais esportes sob o comando do clube, uma vez que consomem parte das receitas e do espaço físico do Fluminense.
A questão é: trata-se de investimento ou custo?
Sempre que essa discussão vem à tona me sinto totalmente sensibilizada porque, para mim, investir em esporte, seja qual for a modalidade, é, além de vitrine institucional, uma grande possibilidade de formar cidadãos.
Além disso, que satisfação ouvir um atleta falar do clube que o patrocina, quando esse nome é o Fluminense. Ato contrário, que indigesto é ouvir tantos atletas olímpicos agradecendo à clubes rivais, pelo patrocínio e pelas conquistas. E não foram poucos na Olimpíada do Japão!
Seria maravilhoso ver atletas olímpicos vencedores exibindo as cores e a bandeira tricolor nas suas roupas, comemorações e discursos. Seria maravilhoso ver pessoas formadas no Fluminense, reverenciando o clube.
Se há decisões a serem tomadas, seja no aporte de recursos para os esportes olímpicos, seja na adaptação dos espaços hoje existentes, que possam ser tomadas para que o Fluminense tenha seu nome e marca expostos em vários pódios.
Afinal, antes de se criar campeões de medalhas, se cria campeões na vida, na busca cidadã. O Fluminense é grande o suficiente para isso.
Não é custo, é investimento em pessoas, em marca, em nome, em visibilidade, em paixão, em reconhecimento, em glória.
Parece-me uma cortina de fumaça dizer que grande parte dos problemas financeiros do Fluminense deriva do patrocínio aos esportes olímpicos.
Cada atleta que emerge a partir do patrocínio da estampa poderosa do Fluminense, é o nome do clube que sobe ao Olimpo.
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Que leitura deliciosa! Super concordo com você, Claudia Barros! E, da mesma forma, penso que o investimento em esportes, olímpicos ou não, deve ser até uma obrigação moral dos clubes, visto que, em alguns casos, a grana dos clubes vai para o bolso de cartolas. Força ao Flu, para continuar e até aumentar esse investimento, e a você, que siga sua brilhante jornada tricolor!