Amigos, amigas, como diz o velho ditado: “podendo complicar, para que simplificar?”.
O Fluminense voltou à estaca zero na noite de hoje. Sem Caio Paulista, nosso jogador com maior capacidade de colocar intensidade física no jogo, Roger ainda escalou a dupla de veteranos: Nenê e Fred.
Sem pressão, com o adversário, exceto pelos primeiros 10 minutos, nos dando a bola e buscando contragolpear nos nossos erros, o Criciúma jogou um primeiro tempo confortável, praticamente sem ser molestado.
Não bastasse ter evitado nossa tradicional pressão inicial, o time catarinense entendeu bem o jogo e, com paciência e organização, parou nosso meio de campo e soube, no momento certo, fazer pressão na nossa saída de bola, algo que não conseguimos fazer em momento algum.
Foi numa bola roubada que fizeram o primeiro gol numa jogada de pura sorte, mas que não tira o mérito de quem sempre esteve, embora longe, mais perto do gol.
Vem o segundo tempo e Roger não faz as mexidas óbvias, que seriam a entrada de Ganso e Abel Hernandes (ou John Kennedy) no lugar de Nenê e Fred.
Para nosso desespero, o Criciúma faz o segundo gol num lance de pênalti duvidoso cometido por Egídio. Roger tanto sabia que era preciso mudar, que imediatamente faz três substituições. Um exagero. Era para ter feito as duas substituições que eram esperadas no intervalo.
Mas além de colocar Ganso e Abel nas vagas de Nenê e Fred, que atuavam mal, tirou Luis Henrique, que também não ia bem, mas que poderia crescer num time com mais intensidade e sem tantas modificações.
Sorte nossa que o árbitro assinalou pênalti claro em Lucas Claro, que Abel Hernández cobrou para diminuir, mas a esperada reação não veio, até porque Roger não demorou para tirar Gabriel e colocar John kennedy.
Esse é outro erro recorrente, porque você desmonta totalmente as linhas ofensivas com quatro jogadores diferentes. É a típica substituição de coletivo, mas acontece que o jogo é de campeonato.
Até que Matheus Martins entrou razoavelmente bem, assim como Kayky, e o time ganhou em intensidade, provocando erros da defesa do Criciúma, mas longe de fazerem do Fluminense um time organizado. Mais pareceu uma tentativa desesperada, que pouco mostrou de efetividade dentro do jogo.
Nós vamos precisar fazer muita força para perder a vaga na Libertadores para o Cerro, mas não precisaremos de tanto esforço para perder a vaga na Copa do Brasil. Basta repetir a escalação, a estaca zero, com os dois quarentões.
Nenê e Fred em campo são dois jogadores que praticamente se anulam, apesar do esforço de Nenê de ocupar mais o setor de construção de jogo, e que limitam absurdamente o Fluminense no aspecto físico, mas de que adianta eu dizer isso coluna após coluna se o Roger escala os dois num jogo decisivo?
Ou nós vamos com outra ideia de jogo para sábado ou será muito difícil mudar a história desse confronto contra um time da Série C, com todo respeito que o Criciúma merece. A gente roda, roda e sai no mesmo lugar sempre. Ou joga Fred ou joga Nenê. Os dois juntos não dá. A gente não pode se fiar em duas ou três partidas em que essa solução funcionou por 10 ou 20 minutos e depois tivemos que resolver com substituições.
Tem estatística mostrando a realidade, só não vê quem não quer. A insistência só se justifica pela total falta de ambição quando um clube do tamanho do Fluminense está disputando vagas nas quartas de final de duas competições que são importantíssimas, que o Fluminense precisa e tem a obrigação de vencer.
É inadmissível o Fluminense não conseguir passar pelo Criciúma na Copa do Brasil. Jogamos mais de 45 minutos fora e o preço pode ser alto. Não podemos desperdiçar mais nenhum minuto no sábado.
Saudações Tricolores!
Mais do mesmo: também considerei o pênalti em Lucas Claro indiscutivel. Mas a equipe que transmitiu o jogo não. Veio com o clichê que ” houve um toque que nao foi suficiente pra configurar o pênalti…”, ora, ou foi falta ou nao foi, nao há “medidor” de intensidade de empurrão, e com o zagueiro no ar buscando cabecear, qualquer toque impede a jogada. QUANDO HAVERÁ ISENÇÃO NA TV??!