Abrindo os caminhos das vitórias na temporada 2021, o Fluminense derrotou merecidamente o Flamengo por 1 a 0 no eterno Maracanã – nada de anormal – com um golaço de Igor Julião. Quem diria que ele, tão criticado pela torcida, nos daria tanta alegria em pleno domingo à noite de pandemia? Pois é, sejamos gratos pelo feito. Fico feliz por ele. Fora das quatro linhas, então, parece ser uma pessoa rara nos dias de hoje. Também fico feliz por Roger Machado ter entrado com o pé direito, afinal, precisará de muita sorte para encarar o que estar por vir.
Tanto o Roger quanto Julião sabem bem a dimensão histórica do Fla-Flu, o maior de todos os clássicos. O mais famoso, o mais charmoso, o mais lindo. Já nasceu condenado à eternidade – ou quarenta minutos antes do nada, como definiu o mestre Nelson Rodrigues. Quem não lhe dá valor e o coloca abaixo de outros clássicos, sinceramente, desconhece absolutamente tudo sobre Fla-Flu. Que venha o próximo, o segundo, mais mil pela frente. Estaremos prontos. Sempre.
Saindo dos horizontes de domingo, precisamos ter em mente o nosso próximo adversário: o Bangu – irregular até o momento, com três pontos no total. Caso vençamos e tenhamos uma combinação de resultados favoráveis, faremos seis pontos e estaremos em quarto – posição que leva às semifinais da Taça Guanabara.
Contudo, todo jogo é importante e difícil. Embora saibamos que, possivelmente, não haverá grandes dificuldades, o Bangu é um time centenário e que, por muitas vezes, foi pedra no sapato dos cariocas. O bom documentário lançado pela Globoplay sobre o Castor de Andrade mostra a força que o alvirrubro tinha até o final dos anos 1980 – fora dos gramados estaduais também, vide o vice-campeonato conquistado em 1985 no Brasileirão. Quem viveu essa época – como muitos desta casa –, certamente concordarão com esta linha de pensamento. Portanto, é ter atenção nos noventa minutos e fazer a nossa parte enquanto pai do futebol da cidade maravilhosa. Venceremos novamente.