Celso Barros, a mediocridade da imprensa esportiva e de seu genérico tricolor, mais Braguinha (por Paulo-Roberto Andel)

De antemão, já sabíamos que a entrevista com Celso Barros seria um sucesso natural. O convidado, goste-se ou não dele, tem currículo, estofo e história vencedora no Fluminense. E é bom que se diga: Celso não pediu absolutamente nada além do link para navegar conosco. Assim como ele, Mário, Peter e Abad poderiam fazer o mesmo – e não o fizeram por falta de interesse, pois a casa esteve sempre à disposição. Celso, que fez, o fez muito bem, com muita clareza e detalhes. Concorda quem quer. Eu não preciso concordar com todas as posições de Celso Barros – e já o critiquei muito, no campo das ideias, mas só um tricolor desprovido das faculdades mentais não reconheceria sua importância na história do clube e, em especial, do vice-campeonato da Copa Libertadores em 2008 e dos grandes títulos brasileiros em 2010 e 2012.

E é lógico que sabíamos do completo silêncio que cobriria a imprensa esportiva convencional. Afinal, ainda que não toda, mas parte considerável da mesma só falta lançar a candidatura de Mário à Presidência da República em 2022. Talvez nem ele se sinta confortável com tanta bajulação…

De resto, tivemos uma mesa da pesada com parte do nosso elenco da casa. Gente que vive o Fluminense há décadas, sócios do clube, gente que conhece muito de arquibancada, bastidores, livros, músicas e números.

A parte mais divertida dessa história toda veio depois da live. Um caminhão e meio de parabéns, uma Kombi depenada de xingamentos e a justa observação de Beto Meyer, um dos verdadeiros bandeirantes da internet tricolor.

A pancada, direta e seca, doeu fundo nas arrogâncias e empáfias ocas de pretensos formadores de opinião tricolor, dentre eles quem se acha Caco Barcellos em frente ao espelho, mas não passa de Sikêra Jr…

Quando um sítio de clipping omite o conteúdo de uma hora e meia de Celso Barros para não mencionar o PANORAMA TRICOLOR, nada faz além de exibir mediocridade.

As palavras de Celso Barros não são do PANORAMA, mas da torcida do Fluminense, queiram ou não. E o mesmo vale para Mário e qualquer outro dirigente. Aliás, mesmo com a ojeriza do atual presidente ao PANORAMA, suas caudalosas coletivas sempre são compartilhadas em nossa página do clube.

Ninguém se lembra dos formadores de opinião da torcida tricolor em 1973, 1987 e 2003. Quem eram as grandes vozes de debate do futebol carioca em 1961?

Piada. Risos. Patético.

Quem se importará com os tuiteiros de 2015 a 2020 em 2037? Pfffff.

Às vezes a emenda sai pior do que o soneto e a hipocrisia, irmã siamesa de todo medíocre, bate à porta. Mas sempre com empáfia, uma espécie de tatuagem de todo sujeito medíocre. Pequenez.

Escrever “Panorama Tricolor” entre aspas é o maior recibo da mediocridade de quem, sem o tema Fluminense, não consegue reunir três pessoas para falar de qualquer outro assunto, mesmo quando a pandemia passar.

##########

Braguinha foi um dos maiores tricolores de todos os tempos. Ajudou muito o Fluminense e só não ajudou mais porque a mentalidade política medieval do clube impediu.

O Flu precisa se libertar das capitanias hereditárias que o sugam, mas é bom que se diga: com uma verdadeira oposição, puro-sangue, sem picaretas que mudam de opinião conforme o sabor das oportunidade$.

##########

Por que não estive na entrevista de Celso Barros?

Simples: porque não precisava.

Somos um coletivo de alto nível. Todos dão conta do recado, como se viu.

##########

No fechamento desta edição, mais uma daquelas que é de chorar, mas a gente acaba tendo que rir…