Sinceramente? Deu no saco.
Qualquer observador atento do Fluminense nos últimos anos sabe muito bem que os problemas em campo vão muito além de um treinador inepto, da escalação de ex-jogadores em atividade ou das combalidas finanças de um clube que, apesar de ter sido dirigido por advogados em boa parte dos anos 10, é um campeão de ações na Justiça.
Muito além da politicagem rasteira que passa pelo financiamento de mídia chapa branca e de tuitagem porca, em confronto com os paladinos da moralidade clipping que, até outro dia, só faltavam lamber a sola do sapato do atual presidente. Será que eles acham que todo mundo é otário ou eles são os únicos verdadeiramente otários?
Muito além da baixaria imposta pela candinhagem do “dono da quadra”, “dono da piscina”, “dono da sauna” e tantos outros picaretas que submetem a paixão de milhões de pessoas aos seus caprichos pessoais, incluindo pequenas e grandes vantagens.
Isso tudo constitui a falência múltipla dos órgãos do Fluminense, mas a cada semana os jênios da análise encontram o novo culpado que, se substituído ou demitido, resolve a parada. Não resolve porra nenhuma!
São oito anos praticamente jogados no lixo sem reciclagem.
Marcão foi desastroso nos dois jogos? Sem dúvida. Inquestionável. Só que, não custa lembrar, o Fluminense teve outras atuações tão pavorosas quanto essas antes. A diferença é que venceu e aí, predomina o reducionismo patético: se ganhou, está ok. Ora, nenhum time vai prevalecer em qualquer competição jogando mal em 90% dos jogos, mesmo que consiga pontuar.
Aproveito para convidar os que me prestigiam neste espaço a clicar nos links abaixo. A leitura será mais longa, mas tenho certeza que permitirá uma reflexão muito mais expressiva do que a da simples troca de peças gastas por mofadas. Estamos vivendo uma farsa há oito anos e ela precisa ser desmantelada.