O empate com o Vasco, em São Januário, deixou a galera tricolor frustrada. E com razão. Não pelo resultado em si (igualdade com um rival tradicional, sempre complicado, dentro dos domínios deste), mas devido ao fato de a vitória ter escapado nos acréscimos e pela forma covarde com a qual o Fluminense se portou após ter aberto o placar no início do clássico.
Ao assumir o cargo de treinador, Marcão disse que seu trabalho seria calcado nas diretrizes deixadas por Odair Hellmann. E realmente foi. Tanto que Odair era, repetidamente, questionado diversas vezes pela postura que adotava. Se a imprensa o classificava como um “quase-herói ” por ter levado o Tricolor ao G4, a nossa torcida jamais o teve como unanimidade.
Marcão, contudo, tem culpa. Mas não é culpado sozinho. Os jogadores colaboraram com o recuo, achando que manter uma vantagem mínima diante de um adversário desesperado seria possível. Claro que não seria. Poderíamos, inclusive, ter perdido o jogo caso os vascaínos tivessem chegado ao empate mais cedo.
O que deu mais raiva foi ver, em certos momentos da segunda etapa, que o time preferia ficar tocando a bola na intermediária ao invés de ousar uma estocada ao ataque para definir a partida. O que nos deixou muito putos foi a falta de ousadia.
Espero, sinceramente, que contra o Atlético-GO – que já nos eliminou da Copa do Brasil deste ano – o Fluminense não seja um time covarde. Independentemente de quem for escalado para iniciar a partida. Não faz parte de nossa história. Pelo contrário, somos conhecidos como o Time de Guerreiros e precisamos honrar tal denominação.
Estamos na briga por uma vaga na Libertadores após várias temporadas nas quais lutamos para não cair. Já é, por si só, algo relevante. Que nossa equipe entenda isso e faça da grandeza, do destemor, sua maior arma. Com amor e com vigor. Afinal, covardia nunca combinou com o nosso Fluminense.