Vasco 1 x 1 Fluminense: atuações (por Mauro Jácome)

Os minutos iniciais mostraram que o Fluminense, mais precisamente seu meio-campo de marcação, deixava espaços à frente da zaga. Por duas vezes, Benítez teve liberdade para avançar e bater ao gol. Aos 6’, na primeira vez que o Fluminense chegou, Wellington Silva cabeceou por cima. Em seguida, Marcos Paulo experimentou e Fernando Miguel pegou. Era a sinalização de que o Fluminense estava em campo. Mais um minuto e Wellington Silva aproveita um rebote, escolhe o canto e abre o placar. Aos 11’ foi a vez de Nenê: o camisa 77 bateu de curva, mas Fernando Miguel estava bem colocado e pegou. Depois do início desorganizado, o Fluminense controlava o jogo com sobras. Aos 25’, Michel Araújo teve grande oportunidade para ampliar, mas baixou a cabeça e bateu em cima do goleiro vascaíno. No escanteio, o uruguaio cabeceou e deu um susto em Fernando Miguel. As chances se sucediam, só dava Fluminense. A partir dos 30’, recuou e chamou o Vasco. O contra-ataque estava à mercê, mas dependia da precisão nos passes, o que não aconteceu.

A posse da bola foi a prioridade no início do segundo tempo. Ouviam-se os gritos de Marcão à beira do campo. A falta de agressividade e a lentidão tornavam o jogo perigoso. Aos 21’, Thalles Magno mandou no travessão. O Fluminense não tinha saída de bola. Depois dos 30’, com Ganso e Caio Paulista, o Fluminense afastou o Vasco da área de Marcos Felipe, mas continuava atrás e pouco saía do seu campo. O castigo chegou: num erro generalizado na zaga, Cano pegou sozinho e empatou.

MARCOS FELIPE

Uma boa defesa no primeiro tempo. Sem culpa no gol.

IGOR JULIÃO

Muito bom primeiro tempo. Apresentou-se, foi ao fundo, cruzamentos bem executados. Com o time recuado, teve dificuldades de encontrar alguém para forçar em cima do lateral vascaíno.

LUCCAS CLARO

Sério e firme. Está se tornando um líder em campo. Tem sido comum falar para corrigir o posicionamento e dar bronca nos companheiros.

MATHEUS FERRAZ

Jogou mais na sobra para vigiar Egídio.

EGÍDIO

Mais atento do que em jogos anteriores, portanto, errou menos passes e expôs menos o sistema defensivo.

YURI

Demorou a acertar a posição e a se entender com o Hudson. Acertou e melhorou a marcação. Muitas dificuldades para sair com a bola dominada.

HUDSON

Começou mais preocupado em armar do que em defender e ficou muito longe de Yuri, dando espaços à frente da zaga. Corrigiu e ajudou a fechar o setor.

YAGO

Não melhorou a saída de bola. Ficou preso com o recuou tricolor.

NENÊ

Defensivamente, postou-se ao lado de Hudson e Yuri; ao recuperar a posse de bola, caía pela direita.

ANDRÉ

Entrou para aumentar o poder de marcação na intermediária.

MICHEL ARAÚJO

Participativo, teve boas oportunidades de marcar. Morreu no segundo tempo.

GANSO

Entrou com sono e segurou um pouco a bola para aliviar a pressão do Vasco. No entanto, seria o responsável para articular o contra-ataque e matar o jogo.

MARCOS PAULO

Destoou. O Fluminense teria aumentado a vantagem no primeiro tempo se aparecesse para o jogo. Errou muito e não chegou à área. Sem força no corpo a corpo, foi desarmado com facilidade. Levou brinca de Luccas Claro, de Nenê, mas não adiantou.

FRED

Não segurou a bola na frente.

WELLINGTON SILVA

Excelente primeira metade da etapa inicial. Marcou o gol e teve outras oportunidades. Depois, desacelerou. Talvez, porque o Fluminense tinha dificuldades para iniciar os contra-ataques. Nos momentos de pressão, tentou dar vazão, mas foi parado com faltas.

CAIO PAULISTA

Na grande chance, bateu em cima de Fernando Miguel, mas, mesmo se marcasse, não valeria, pois meteu a mão na bola. De resto, apanhou da bola.

MARCÃO

Optou por manter a escalação de Odair, ou seja, sem um homem de referência. No entanto, Marcos Paulo não apareceu quando o Fluminense se aproximava da área de Fernando Miguel e demorou demais para tirá-lo. Em vez de organizar o time para matar o jogo, era muito superior ao Vasco, optou para administrar o resultado durante um tempo inteiro. Tinha o Miguel e o Fernando Pacheco para dar velocidade nos contra-ataques, mas colocou Ganso e Caio Paulista e travou de vez. Tem grande responsabilidade nos dois pontos perdidos em São Januário.

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