Maradona, o favoritíssimo Flu e o dedo de Mário (por Leonardo Maia)

Maradona. A coluna poderia terminar nessa palavra. Para além desse nome mágico, não há muito mais o que dizer sobre ele. Muita coisa começou no futebol com esse nome, Diego Maradona, e agora, muita coisa se vai também com ele.

Nem é o mais importante discutir se Maradona foi o melhor do mundo, ou em que lugar ele está nessa lista.

Se Garrincha foi alegria e Pelé foi arte, Maradona foi paixão. Não houve, possivelmente, jogador tão apaixonado pelo futebol como ele, e por isso, em nome dessa paixão, levou o futebol a patamares que ninguém esperaria.

A maior homenagem a ele, ele mesmo já fez, em cada campo onde jogou. Quem viu, não esquece, e quem se apaixonou, levará consigo para sempre essa paixão.

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Do céu à terra…
Odair fica?
Marcos Paulo fica?
Quem fica?

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Na semana passada, dizíamos que o campeonato seguia interessante para nós. E, segue mesmo. Aliás, no meio de semana, o São Paulo já tratou de perder mais dois pontinhos preciosos.

Não há razão, – nenhuma, nenhuma -, para abandonarmos a torcida pelo time.

É de espantar, na verdade, o contrário: que alguns ainda sigam encontrando motivo para cornetar um time que namora há várias rodadas o G4, e segue firme no encalço dos outros líderes.

Ainda tem gente falando em 45 pontos… Haja saco. Só má vontade ou tolice explicam essa vocação pro derrotismo na atual torcida tricolor. Não era assim antes.

Ninguém quer ganhar o campeonato, basta projetar os percentuais de pontuação. Então seremos nós. Está na cara. Só não acredita, só não se empolga, quem não quer.

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É preciso deixar entrar alegria nas nossas almas tricolores tão castigadas.
Se não der, paciência. Mas, vai dar. A coluna sempre tem fé. E paixão.

E, se não for assim, então por que o futebol?

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Não há acaso em campeonato de pontos corridos.

E as virtudes do time de Odair são óbvias e são muitas.

Três delas.

1) Há tempos, o Flu não aproveitava tão fartamente a sua base. Não há outro caminho, ao menos no curto prazo, e tenho apontado isso há anos. É o que chamei de ‘modelo Santos’: por lá, não hesitam em promover maciçamente a base, e essa é a tônica do plantel, com algumas ótimas contratações pontuais (Soteldo, Marinho etc).

Esse modelo vai ganhar ainda mais força porque é também, no atual campeonato, crescentemente o do São Paulo.

Contrataram um time velho como o nosso, mas quem tem ganho os jogos é a base do clube. O time começou a deslanchar e vem crescendo em cima da garotada recém-promovida: Brenner, Sara etc.

A rigor, o Flu não fez isso de forma pensada, mas está se beneficiando de todo jeito.

2) A camisa tricolor que, mais do que pesada, é generosa. Entra ano, sai ano, temos levantado jogadores que aportam por aqui desacreditados, ou que chegam sem despertar maior atenção. No primeiro caso, Henrique Dourado, Luciano, Alan, Caio Henrique… No segundo, Richard, Everaldo, Richarlison…

Neste ano, ao menos dois casos óbvios: Luccas Claro, talvez o melhor zagueiro do campeonato, e Dodi, um dos melhores volantes (mesmo assim, o seu afastamento foi correto, e deveria até ter vindo antes). Outro periga ser o Barcelos.

O problema é que esses jogadores não têm ficado. Há que corrigir isso.

Aliás, é preciso precificar isso no contrato desses jogadores que chegam! O clube levanta, e os outros lucram? Não é admissível dar um novo começo a carreiras estagnadas e logo após já ficar a ver navios. Não é questão de reclamar de ingratidão. É se prevenir contra ela.

3) O dedo do Odair, sem dúvida. De um plantel desequilibrado e envelhecido, ele montou, com alguma sorte, contando até com contusões providenciais, um time azeitado. Que perde titulares a toda hora, mas segue em marcha.

Não temos visto craques em campo, mas batalhadores, gente humilde. Time de brasileiros. Que não desiste.

De novo um Fluminense dos bons, timinho de corpo e alma, com cara, coragem e sofrimento genuinamente nacionais.

Por isso tudo, por que não, pode até ser campeão (vale lembrar que o time de 1984, no seu início, era muito mais desacreditado que esse agora!).

Além disso, boa parte do mérito do Odair está em retomar algo muito antigo no futebol: as parcerias.

Sozinhos não vão bem, mas juntos são tremendos. No início, foram Marcos Paulo com Evanílson. Depois, Calegari e Araujo. Dodi e Hudson… E temos visto, a cada rodada, essas parcerias promissoras. O time vai bem também por conta delas.

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Um outro ponto foi externo, na melhoria das relações institucionais com a CBF, e tem um dedo importante aí do Mario.

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O time que vai a campo domingo tende a ser muito parecido com o que perdeu pro Red Bull no turno. Com duas importantes mudanças: as duas laterais. Calegari e Barcelos barraram… bem, vcs sabem quem. Nem é bom lembrar.

O Bragantino, por outro lado, está bem diferente. Está cumprindo, tardiamente, as boas apresentações que se esperava dele no campeonato.

Pouco importa. Precisamos dos 3 pontos, e será ótimo pegar o Red Bull que dá asas! Vamos voar ainda mais alto, uma vitória = terceiro lugar.

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Semana que vem, voltaremos ao tema do ‘Plano de metas’ tricolor:

– Time/elenco;

– Planejamento para a base;

– Estratégias para a popularização da torcida;

– Estádio próprio / Maracanã;

– Redefinição dos modelos de associação;

– Laranjeiras;

– Patrocínio;

– Esportes Olímpicos;

– Clube social;

– Reestruturação financeira;

– Reconfiguração do departamento jurídico;

– Mecanismos de transparência e compliance;

– Marketing;

– Etc.

Quem vai resolver tudo isso? Nós, os tricolores. Numa verdadeira Frente Ampla pelo Flu. Fora disso, é se resignar ao declínio, ou ao acaso dos encontros (um Celso Barros com Unimed, um Pedro Antônio empreendedor etc). Não é sustentável.

Não é tarefa para um, é tarefa para todos. ST.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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