Para um time que, quando tem a bola, não sabe o que fazer com ela, a saída, invariavelmente, é a jogada de bola parada.

No primeiro tempo, sua melhor chance e o gol, dela decorreram. O Botafogo já havia perdido duas chances reais, quando numa cobrança de escanteio, Matheus Ferraz, em boa cabeçada, obrigou Cavalieri a uma grande defesa.

Trabalhando a bola, vi apenas uma boa jogada: Fred e Nenê, com finalização deste último sobre o travessão.

O Botafogo ainda acertou a quina do travessão, quando, logo em seguida, em outro corner, Fred pôs de cabeça no fundo do gol.

Primeiro tempo apenas razoável do Fluminense, onde o empate talvez fosse o resultado mais justo.

No segundo tempo, como tem sido comum quando o Flu retorna com a vitória parcial, se sentou no resultado e trouxe o Botafogo para cima.

Foi questão de tempo, portanto, sofrer o gol de empate que já vinha amadurecendo. Muriel fez três boas defesas no jogo, mas quase entrega numa saída em falso, mostrando toda a sua inconstância.

Só depois do empate, Odair pensou em vitória. Fez as mudanças para tornar o time mais ofensivo, e ele realmente o foi, mas sem qualquer efetividade na frente, exceto por um bom chute de Yago, já quase no fim.

Foi comum ver um homem do Fluminense, na frente, procurando com quem dialogar, sozinho, tendo que buscar um companheiro mais atrás e desperdiçando diversos ataques.

Os desfalques, muitos, fazem falta, mas o pior desse time do Fluminense está fora das quatro linhas. A cada chance de vitória desperdiçada, fica claro que ela era possível, bastando uma postura mais agressiva, um time mais organizado e não se acomodar com o resultado.

O empate acabou sendo bom para o Fluminense, porque, por justiça, se houvesse um vencedor, este deveria ser o Botafogo.

O Fluminense fez duas boas jogadas tramadas durante a partida, ambas enquanto Fred esteve em campo. É pouco. Tem um goleiro fraco, não tem laterais, e ainda falta um atacante. Some-se a isso um treinador medroso.

Merecemos mais. ST

Panorama Tricolor

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