Embora o panorama atual não seja adequado para a realização dos campeonatos de futebol, sabemos que eles voltarão neste mês que acaba de se iniciar: agosto. Mês no qual será bastante dinâmico, uma vez que, assim que haver seu princípio, teremos o amistoso contra o Botafogo, às 19h e, já no próximo final de semana, o Campeonato Brasileiro. Isso sem falar na Copa do Brasil, que retornará antes de setembro. Diante de tudo isso, fico me perguntando: será que o Flu está mesmo apto para tudo isso?

Na coluna anterior, ponderei um pouco sobre os jogadores que se sobressaíram mais nos jogos que deram-se após a volta do futebol e não fiquei otimista, nem pessimista. Nosso elenco é simples e não dispõe de muitos jogadores, isto é: se um jogador que tem papel vital no time se lesiona, não há algum que possa substituí-lo à altura – o que somente acontece em clubes que possuem boa situação financeira –, o que é caso de Nenê, Ganso, Mateus Ferraz, Gilberto, Evanílson, Marcos Paulo e Fred.

Logo, se dermos a sorte de não sobrevir contusões em jogadores importantes ao longo do ano, podemos sonhar com algo, como venho dizendo. É sempre bom ressaltar que o Fluminense, como clube gigante e pioneiro que é, precisa estar sempre entre os primeiros; contudo, diante da situação vigente tanto do país como do futebol e do próprio Fluminense de hoje, devemos ter os pés no chão, dado que ficamos meses sem treinar – obedecendo as medidas determinadas para combater a Covid-19 – e isso ainda reflete na equipe, certamente.

Presumo que a partida deste sábado e as iniciais do Brasileirão podem dizer muita coisa e, assim, tirar nossas dúvidas. Resta que nós esperemos os desfechos delas – nada previsíveis, por sinal – e matar a curiosidade. Contra o Botafogo, o Flu deverá ir com a seguinte escalação: Muriel; Gilberto, Nino, Digão e Egídio; Yuri, Yago e Dodi; Nenê, Marcos Paulo e Evanílson. Como pudemos ver, sem Fred e Hudson – este, faz muita falta, mas está machucado, e Fred ainda se recupera da lesão no olho esquerdo.

Se vencermos o rival alvinegro, colocaremos uma mão na Taça Gérson e Didi, porquanto estaremos dependendo apenas de um empate numa das partidas do Brasileirão para leva-la às Laranjeiras. Aliás, é bem bacana a união que Flu e Bota fizeram para homenagear dois craques do futebol mundial, que tiveram passagens memoráveis em ambos os clubes. Afinal, Gerson e Didi dispensam quaisquer tipos de comentários. Campeões mundiais pela Amarelinha, e eternizados em Fluminense e Botafogo.

Bom, não é a primeira vez no ano que os dois clubes adotam posturas plausíveis. A luta contra a volta do futebol no meio da pandemia comprova.

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Houve muitos comentários nesta semana sobre o Conca. Isto posto, suponho que devemos considerar os prós e os contras e analisar deixando a emoção de lado. Entretanto, devo confessar que, quando o Conca foi anunciado no Fla em 2016, fiquei bastante chateado – o que é normal para um torcedor adolescente. Hoje, vejo a imensa lista de jogadores que deram a alma aqui e vestiram a camisa de outros. Vejo que o Conca não foi o primeiro e nem será o último a fazer isso. Todavia, existe a questão de que ele possivelmente já estaria com uma boa situação financeira – por efeito de seus anos de glória no Fluminense e do bom salário que recebia na China – e, daí, não existia porquê de ir jogar no rival e “manchar” a história que tinha construído em Álvaro Chaves.

De todo modo, não há o que contestar: não é ábdito para ninguém que Conca foi um dos grandes responsáveis pela belíssima campanha da Libertadores em 2008 e, idem, do título brasileiro em 2010. Deu a vida em campo. É ídolo de muitos tricolores – devido ao fato de alguns recusarem-se a tratá-lo dessa maneira, o que eu respeito completamente, é claro.

Se não fosse ele e seus grandes feitos – como ter jogado todas as partidas do Brasileirão de 2010 –, talvez o Flu não teria logrado tudo que conseguiu.

Conca é ídolo sim, como Edinho, Renato Gaúcho e tantos outros. Poderia ter evitado ir para o rival? Sim. Mas é ídolo.

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Quanto à partida contra o Grêmio, que será realizada no dia 09/08, deixarei para estudá-la na próxima coluna, bem como o rival gaúcho, a sua campanha anual até o presente e os cuidados que o Flu deverá tomar.

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Renovo aqui, mais uma vez, a minha solidariedade e o desejo de força a todxs que passam por momentos difíceis em consequência da Covid-19, que levou tantas pessoas queridas do convívio de muitas famílias e amigxs.

Infelizmente, há quem prefira não dar importância à pandemia e ignorar os números, o que é uma boçalidade desmedida. Precisamos seguir em frente, apesar disso e de outras coisas.

Fiquem em paz.

Saudações tricolores a todxs.

Panorama Tricolor

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