Fluminense 1 x 1 (3 x 2) Flamengo: atuações (por Mauro Jácome)

Cautela. O Fluminense entrou com uma das missões mais difíceis do futebol: perseguir o zero erro. Noventa e tantos minutos preocupado em não errar. Na marcação, nos passes, no posicionamento, na cobertura, nas conclusões. Os avanços eram pontuais. Com esse planejamento, o Fluminense chegou três vezes com perigo na etapa inicial. Na primeira, Gilberto cabeceou fraco e Diego Alves pegou. Na segunda, Yago chutou rente a trave. Na terceira, rede: bola lançada na área, Marcos Paulo desviou e Gilberto cabeceou no canto esquerdo. 1 x 0.

Apesar da mesma postura, o Flamengo encontrou alguns espaços para colocar bolas próximas ao gol de Muriel. Fernando Pacheco, que entrou para puxar contra-ataques, ficou preso no maior número de rubro-negros no seu setor. As bolas aéreas começavam a encontrar os atacantes adversários. O Flamengo apertava e o Fluminense entregava a bola. Mais pressão. A necessidade do zero erro aumentava. E a falha veio. Gilberto não chegou, aconteceu o cruzamento e Pedro cabeceou para empatar. O Fluminense até tentou sair, mas faltavam passes para encontrar alguém em condições de partir em direção ao gol de Daniel Alves. A bola batia e voltava. O cansaço e um certo nervosismo dificultavam. E assim, foi até o final.

Aos tiros livres da marca penal. Nenê fez. Gabriel, também. Dodi perdeu. Arão idem. Hudson marcou. Leo Pereira mandou para fora. Michel Araújo errou. Pedro, não. Fernando Pacheco encheu o pé e guardou. Muriel, Rafinha, Muriel, Rafinha… Muriel, Muriel, Muriel!

MURIEL

Atuação segura, exceto quando teve que usar os pés. Duas grandes defesas nos pênaltis.

GILBERTO

Muito bom primeiro tempo, principalmente, na área do adversário. Na segunda tentativa, marcou o gol. A aplicação na marcação não foi a mesma no segundo tempo e, por ali, o Flamengo criou oportunidades, inclusive, o gol de empate.

MICHEL ARAÚJO

Mais uma vez entrou e mal tocou na bola.

NINO

Excelente primeiro tempo. O excesso de bola aérea na etapa complementar dificultou.

MATHEUS FERRAZ

Impressionante a facilidade de encontrar o atalho. Obviamente, com a pressão que o time sofreu, penou, mas nunca perde a calma.

EGÍDIO

Duas chegadas em velocidade no primeiro tempo. Não saiu no segundo tempo e conseguiu impedir de Rafinha chegar ao fundo ou entrar em diagonal.

HUDSON

Não se descolou da dupla de zaga. Terminou o jogo arrebentado.

DODI

Outro que atacava quem se aproximava da área tricolor. Compensa a pouca estatura com muita velocidade em marcar vários na mesma jogada.

YAGO

Jogou posicionado para fazer a ligação, mas o Fluminense optou pelos passes longos. Em contrapartida, ajudou a fechar a intermediária.

YURI

Jogou muito para trás. Além de quebrar qualquer tentativa de velocidade, chamava o Flamengo para o ataque.

MARCOS PAULO

Deu o toque de categoria ao time, mas a postura defensiva com subidas esporádicas dificultava o desenvolvimento na zona que mais se sente à vontade: da intermediária para a área adversária. Saiu na metade do segundo tempo.

CAIO PAULISTA

Um chute com perigo e só. Não tem condições de emplacar no Brasileiro.

NENÊ

Correu como sempre, mas ainda não retornou ao estágio anterior à pandemia. Foi fundamental nos minutos finais ao se posicionar ao lado de Gilberto e ajudar na marcação.

EVANÍLSON

Jogou isolado na frente e pouco pegou na bola. Não voltou do intervalo.

FERNANDO PACHECO

Entrou para dar velocidade aos contra-ataques, mas a bola não chegou.

ODAIR HELLMANN

Preparou muito bem o time para enfrentar o adversário. Conseguiu conter a avalanche que o Flamengo costuma impor, principalmente, no Maracanã. No segundo tempo, ao contrário, o Fluminense cedeu espaços e sofreu com a pressão. Faltou banco para recuperar a agressividade na marcação. A entrada de Yuri não surtiu o efeito esperado e aumentou a pressão. Michel Araújo e Caio Paulista não acrescentaram, pelo contrário. Talvez, Wellington Silva teria conseguido desafogar e puxar contra-ataques.

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