No meio do caos, vamos torcer. É o que resta. Em tempos de racionalidade, o jogo de logo mais sequer existiria, mas a força da grana impôs e aí está. Ao lado do hospital de campanha, cheio de gente sofrendo e morrendo. Não faz sentido.
Pela lógica, não dá. Eles têm mais time, mais mídia, mais Federassauro, mais arbitragem, mais tudo. Não dá ou não daria. Só que o nosso time vem renovado, mais moço, com mais gás e consequentemente sem o jeitão master dos jogos da retomada.
Num jogo normal, eles iriam lotar como têm feito nos últimos dez anos. Da gente não ia quase ninguém. São muitos motivos mas o principal é a violência – a grande mídia não toca no assunto, sequer o site de fofoca que bajula e depois cospe no presidente do clube.
À essa altura do campeonato, a lucidez sempre ajuda. Temos um time pesado, mais antigo. O goleiro é estilo Fernando Henrique. O miolo de zaga não compromete. As laterais são irregulares. A marcação do meio fica prejudicada com o excesso de veteranos sem recomposição. E fora das quatro linhas, é bom ter em mente que, apesar de alguns acertos da direção nos últimos tempos, o modelo de gestão do Fluminense é o mesmo dos últimos oito anos. E não por coincidência, salvo a efêmera Primeira Liga de 2016, são oito anos sem títulos. E não por coincidência lutamos cinco vezes contra o rebaixamento. O pessoal que fala tão mal de 1986-1994, mas faz vista grossa agora, pode botar as barbas de molho.
E o que isso tudo tem a ver com o jogo de logo mais? Tudo. Tudo até a bola rolar e depois dela parar. Durante o jogo, é outra história. Já vimos de tudo: goleada, créu, gol no fim, porrada e festa. O fracote quebrando a cara do fortão. O fortão esmagando o fracolino. Cá entre nós, dessa vez está divertida a nossa posição de franco atirador: a responsabilidade é todinha deles. Bom, já os batemos quando estávamos na segunda divisão, depois na terceira, porque não poderia rolar um 1 a 0 magrinho da silva nesta quarta-feira?
Todo mundo na internet logo mais. Para os fortes, há rádio. Não se trata de reducionismo, mas favorito o Flamengo sempre foi, e isso não o eximiu de derrotas inesquecíveis que guardamos feito troféus. Não é otimismo barato, mas apenas apenas uma constatação.
Última forma: a diretoria do Flamengo não representa seus milhões de torcedores. Ela sim é uma verdadeira mulambada. Esgotenguistas, picaretas, Casuístas. Vade retro, Satanás.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
#credibilidade
Paulo,
Essa coluna foi pé quente hoje. Confesso que estava um tanto quanto desanimado pelas nossas apresentações e quando acabou jogo só pensava em eu texto de hoje.
Primeira vez que aqui comento e espero um dia ter a oportunidade de esbarrar com vc lá no Sebo X e te agradecer por produzir semanalmente textos tão maravilhosos sobre meu fluminense.
Abs.
A 1ª página dos jornais de amanhã estará estampada com os dizeres “Público Faltante: 67.113”, acima de uma grande foto, com a visão aérea, mostrando um Maracanã vazio ao lado de um hospital de campanha.