Tal qual o mítico personagem de Miguel de Cervantes, o Fluminense digladia em nome da vida com os dragões da indiferença, insensatez e desumanidade. E dos interesses de quem só pensa no aspecto financeiro. Bravo Tricolor, cavaleiro andante ornado de brilho e altivez.

Seus adversários são reais, ao contrário dos que Dom Quixote enxergava em moinhos de vento. Os dragões da atualidade não possuem asas de morcego ou boca flamejante. São empresários, dirigentes, políticos e toda sua nefasta corja. Para essa gente – se é que podemos chamar assim – só importa o dinheiro.

Os jogadores, coagidos, em boa parte são obrigados a dizer amém. Principalmente os de clubes de menor expressão, cujas necessidades básicas são iguais às da grande maioria da população. Precisam trabalhar. Mas precisam, antes, de saúde.

O momento pelo qual passa o Brasil, em todos os aspectos, é deplorável. Não bastasse esse vírus devastador, não possuímos um comandante para guiar nosso povo. Estamos à mercê do que há de mais deplorável. Somos um barco à deriva.

Portanto, em meio a essa loucura toda, ver o Fluminense duelar contra o que há de errado me enche de satisfação e orgulho. Estou do lado certo, com a consciência tranquila de que a postura tricolor é a da verdade. Pouco importa se ela prevalecerá; mas muito importa que lutemos por ela. Até o fim.

“Cambiar el mundo, amigo Sancho, que no es locura ni utopia, sino justicia”.

Panorama Tricolor

#credibilidade