Ao orientar sua conduta por meio da ciência, da causa coletiva e da preservação da vida humana, o Fluminense deu mais um belo exemplo de como construiu sua história.
Passando pela inclusão de jogadores negros em seu time desde a primeira década – num ambiente naturalmente racista -, pelo apoio dado pelo presidente Guinle à carreira de Pixinguinha, que muitas vezes se apresentou no Salão Nobre e, de lá, partiu para o sucesso na França com os Oito Batutas, pelo apoio aos aliados na luta contra o nazifascismo na Segunda Guerra, incluindo a compra de um avião, o Fluminense tem em sua trajetória um amplo espectro de luta contra as injustiças e ao lado da defesa das artes, da liberdade e da vida.
No momento atual, de medo por tudo o que está acontecendo, com o Brasil podendo ter chegado a três milhões de infectados e mais de 200 mil mortos, somados os dados oficiais e estimadas as subnotificações, o principal é a defesa e a preservação da vida humana. Por isso, a posição pública do presidente Mário Bittencourt sobre o assunto é impecável e digna de aplauso.
A vida humana é o bem mais precioso, está acima de todos os outros e não se pode brincar com uma tragédia a troco de crendices e palpites.
Mesmo não jogando, mesmo com erros mas também acertos, ao se alinhar com a defesa da vida, o Fluminense marcou um gol de placa, dos maiores de sua história. Infelizmente, mas não de forma surpreendente, o rival está do outro lado da arquibancada. Melhor assim.
O PANORAMA declara seu total apoio à atitude do Fluminense e aplaude o ato de seu presidente.
Como é sabido, neste espaço aplaudimos o que deve ser aplaudido, assim como criticamos o que deve ser criticado, sem conchavos, acordos e concessões. O Fluminense deve sempre andar de mãos dadas com a lucidez, e assim foi feito na questão da pandemia.
Parabéns.
Panorama Tricolor
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#credibilidade.