O Vasco outra vez… (por Paulo-Roberto Andel)

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Se o Fluminense não deixou dúvidas sobre sua ridícula atuação diante do Figueirense, o Vasco não fez por menos e perdeu para o Goiás de forma patética em São Januário. É com esse clima que os dois vão para o clássico do próximo domingo no que sobrou do Maracanã.

O Flu vai de time reserva, priorizando a Copa do Brasil. Precisa de dinheiro – logo – e a opção é compreensível. Precisa da vitória. Até aí tudo bem. Agora, sinceramente me incomoda mundo a neofreguesia para o rival da Colina. Sou de outra geração, acostumada a ganhar do Vasco desde sempre, até que em 1993 a barca virou, o Tricolor nunca mais foi o mesmo diante de seu rival e tem perdido regularmente para o Cruz-maltino. Vinte e sete anos de chineladas regulares, salvo exceções. Quase tudo dá certo pros caras mesmo nas situações mais improváveis e inusitadas.

Pra quem não tem sequer um time titular em condições reais de disputa de alto nível, resta saber o que os suplentes tricolores podem aprontar. Vamos lá torcer por eles, mas confiar desconfiando, tal como dizia o nobre Marechal Floriano. E depois na quarta-feira contra o Figueirense, partida que já se tornou dramática pelas circunstâncias.

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É certo que Odair tem pisado na bola. Pronto, sem dúvida. Mas me pergunto se o mau desempenho é fruto exclusivo das escalações e substituições extraterrestres do treinador.

Será, apenas será isso ou, de certa forma, nós, torcedores, não começamos as novas temporadas cometendo o erro crasso de sempre, que é a cada ano ver nos elencos do Fluminense uma superioridade que simplesmente não se realiza na prática, sendo mais fruto do sentimento do que de qualquer outra coisa? Caímos ou não no conto da carochinha de dirigentes e jornalistas?

Futebol é resultado e ninguém se segura com derrotas nas costas, seja quem for. Agora, se o pior vier, uma coisa é certa: Odair pode ser até um dos principais culpados, sem dúvidas, mas está longe de ser o único. Num clube que não disputa títulos fundamentais praticamente há oito anos, e que nos últimos sete lutou em vários para não cair de divisão, há muito a ser feito.

O que resta é o desempenho, torcer feito um louco e ter paciência para as horas difíceis, tais como as destes dias de sufoco. Quem viver, verá!

Que o Fluminense faça dois jogões, avance no Carioca e aguente firme na Copa do Brasil. Mesmo não acreditando ou confiando, a gente torce.

Panorama Tricolor

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