O Fluminense era o representante do Rio e enfrentou na primeira fase Grasshopper (SUI), Sporting (POR) e Peñarol (URU). O Grasshoper era a base da seleção suiça que implantava o sistema conhecido como “ferrolho suiço”. O Peñarol, um supertime base da seleção uruguaia que calou o Maracanã em 1950 e contava com a presença de Gigghia, o carrasco do Brasil. Muitos jornais na época, quando o Fluminense venceu o Peñarol por 3×0, trataram o feito como a vingança por 1950. Já o Sporting era o time sensação da Europa. No outro grupo, Corinthians, Saarbrücken (ALE), Libertad (PAR) e Áustria Viena.
O Fluminense tinha aquele belo time com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Bigode, Telê, Didi e os menos famosos Orlando, Marinho, Jair Santana e companhia. Um time muito vitorioso nos anos 50 e que jogou muito naquele campeonato.
Na primeira fase o Tricolor começou empatando em zero a zero com o Sporting Lisboa. Depois ganhamos do Grasshoper pelo placar mínimo e, no jogo mais esperado daquele campeonato, goleamos o Peñarol por três a zero, onde Bigode foi o heroi colocando Gigghia no bolso. O Fluminense ali ganhara a torcida dos brasileiros, que se sentiram vingados pelo fracasso da seleção em 50 ante os uruguaios em pleno Maracanã.
Na semi-final ganhamos as duas contra o Austria Viena, 1×0 e 5×2. Fomos para as finais contra o Corinthians e ganhamos a primeira por 2×0 e empatamos a derradeira em 2×2. O Fluminense assim conquistou o título e de forma invicta; ou seja, fomos campeões do mundo sem contestação. Sensacional!
Para os que por acaso afirmam que aquele não era um campeonato mundial, basta irem às bibilotecas e centros de documentações dos jornais, olharem os jornais do dia seguinte da conquista e verão em vários deles estampado: “Campeões do Mundo”, em referência àquele Fluminense e àquela conquista. A Biblioteca Nacional tem todos os exemplares.
Custa nada lembrar que, até pouco tempo, aqui no Brasil só eram considerados campeões brasileiros as conquistas a partir de 1971. Recentemente a CBF corrigiu este erro e proclamou os campeões nacionais de 59 a 70 como campeões brasileiros, por mais redundância que pudesse haver nisso.
A FIFA também não reconhece como campeões mundiais os clubes que conquistaram a Copa Toyota, jogo que no final de cada ano reunia o campeão da Libertadores e o campeão europeu. Pergunte a algum gremista, flamenguista ou são paulino se eles não se consideram campeões mundiais. Aliás, a FIFA os proclama campeões intercontinentais. Faço coro com eles: Dane-se a FIFA! O que é conquistado no campo ninguém tira.
Não há o que dizer ou contestar: o Fluminense, senhores, é o digno campeão mundial de 1952. Negar isso é rasgar a história. O resto é falácia. Hoje é nosso dia, o dia em que chegamos ao topo do mundo.
Marcus Vinicius Caldeira
@mvinicaldeira
Panorama Tricolor/FluNews
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