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Tricolores de sangue grená, o resultado ruim e injusto contra o Unión La Calera nos deixou com as barbas de molho. De positivo, tivemos um bafejo de ar fresco com as entradas de Marcos Paulo, Evanílson e, em menor intensidade, Michel Araújo. O placar de 1 a 1 nos obriga a vencer no Chile pelo placar mínimo, ou empatar de 2 a 2 em diante para obter a vaga. Um resultado de 1 a 1 leva pros pênaltis, e qualquer outro é dos chilenos. Da mesma forma que ano passado, quando empatamos com o Antofagasta, precisaremos ir pra cima deles também em seus domínios. Se eles jogarem querendo também fazer o resultado, como é de se esperar que ajam, e tivermos todos os jogadores à disposição, o que parece ser o caso, visto que Ganso, Fernando Pacheco e Wellington Silva já reúnem condições de jogo, vejo como completamente possível eliminarmos os gringos dentro da casa deles. Nada que já não tenhamos feito, e mais de uma vez, contra equipes sul-americanas. Vale a pena acreditar no Flu.
Só que esse compromisso só ocorre no dia 18, daqui a quase duas semanas. Nesse ínterim, teremos o clássico deste domingo contra o Botafogo, que precisa nos vencer e contar com tropeços alheios para se classificar às semifinais da Taça Guanabara e as semifinais de fato, que serão no próximo fim-de-semana. Após a partida da volta contra o Unión La Calera, se nos classificarmos para a final da Taça Guanabara, jogaremos a mesma no fim-de-semana após o jogo no Chile. E, é claro, a maratona de jogos decisivos não acaba por aí, pois no dia 26 vamos ao Maranhão enfrentar o Moto Clube pela estreia da Copa do Brasil. Cinco jogos, todos em caráter decisivo. O mais fácil talvez seja o próximo, não o deste domingo, pois a chance de encararmos o Boavista na semifinal é grande, ainda que tenhamos sido derrotados pelo própria equipe de Saquarema. Então, não tem canja. A Taça Guanabara, ainda que desvalorizada pela própria FERJ, já garante vaga para a final do estadual. Conquistá-la, portanto, é ganhar tempo.
Nossas chances de classificação, mesmo se perdermos (e não perderemos) para o Botafogo são imensas, pois o Madureira precisaria golear o Flamengo e nós precisaríamos também perder por um placar elástico para a equipe de General Severiano. Um mero empate praticamente nos garante a classificação, mas não o primeiro lugar do grupo. É claro que a chance de encarar o Flamengo na semifinal se torna maior se não garantirmos o primeiro lugar do grupo, mas a disputa está tão grande que não há como prever nada. Afinal, o jogo mais interessante da rodada é justamente entre Boavista e Volta Redonda, líderes de seus grupos devido ao saldo de gols. Não existe mais segredo a essa altura do campeonato, e Odair precisa entrar com o que tem de melhor, mesmo que precise fazer algumas estreias. Muriel, Gilberto, Matheus Ferraz, Luccas Claro e Egídio; Yuri, Yago e Ganso (Nenê); Marcos Paulo, Evanílson e Michel Araújo (Fernando Pacheco) é o time que eu usaria nessa peleja.
Quanto à equipe, Hudson aparentemente está fora, então Yago ganharia a sua vaga, e Yuri me parecia melhor que Henrique. Todavia, duvido que ele vá mesmo prescindir de Nenê, então Ganso deve começar no banco. Mas, se Odair não inventar, deve ser mais ou menos esse o onze inicial, com as possíveis mudanças pertinentes entre parênteses. Ninguém aguenta mais algumas atuações sofríveis que temos visto, então essa é a hora de vencer e convencer. Seja contra quem for a semifinal, seja Boavista ou Mulambada, o Fluminense tem que ter um padrão de jogo e um objetivo tático muito claro quando iniciar a partida. Não dá pra começar o jogo com todo mundo perdido e depois ter que torrar uma ou duas substituições para “acertar” a equipe. Mudar a tática de modo a reagir ao que o adversário faz é uma coisa, fazer o mesmo por ter escalado mal é outra. Que Odair nos prove, nesses próximos dois compromissos, que os desfalques pesaram, e que agora as coisas serão diferentes. A torcida agradece.
Curtas:
– É, Allan… vou até falar seu nome aqui pra perguntar se você está curtindo o momento no seu novo “clube”. Que partida de gala, hein?
– Da mesma maneira, o “craque” Danielzin começou bem o ano sendo eliminado pelo portentoso River do Piauí. Esses jovens de hoje andam com dedo podre na escolha de carreira.
– Todo mundo sabe que é extremamente provável que o Fred feche mesmo com o Flu, mas a quantidade de gente “chutando” a contratação é de um amadorismo bizarro. É muita vontade de dar um furo que já está escancarado… é na verdade um rombo, já.
– Dessa vez vai ficar difícil dar um palpite para a semifinal, porque não sei contra quem será ainda. Vou aguardar. Acredito em vitória sobre o Botafogo por 1 a 0, como já tinha falado. É o mínimo.
Panorama Tricolor
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#credibilidade
Avalio Senra, que o Daniel tenha um atenuante. Quando o Fluminense decidiu igualar a proposta do Bahia, ele já tinha dado a sua palavra e quis honrá-la. Nessa contemporaneidade de valores tão questionáveis, isso é uma demonstração de solidez de caráter.
A questão é outra, Vera. O Fluminense tentou renovar com Daniel por vários meses a fio, e ele sempre negou. Preferiu o “projeto” do Bahia. Falta de visão, falta de ambição. Que seja feliz lá. ST.