Nenê foi o homem do jogo. Mandou e desmandou no Fla-Flu. Entrou para o rol dos carrascos do clássico com seu gol imortal de calcanhar. Já tinha acertado um balaço na forquilha. Ponto. Se é uma grande volta por cima ou o canto do cisne, o tempo dirá. Mas que foi maravilhoso, foi.
O Fluminense teve altos e baixos, começou meio tímido, com outro desenho, depois se ajustou e terminou o clássico por cima, como time grande que é.
Tal como nos últimos dez anos, maioria rubro-negra abafada pelo canto ensandecido da minoria tricolor. Eles vão e enchem a arquibancada, mas é impossível esquecer o Fluminense, rival histórico de quinhentas batalhas, o time do último minuto, o desafiador de definições. Tudo fica igual.
Outra coisa: sem essa conversa fiada de time de garotos. Em 1981, ano em que eles não tinham a desculpa esfarrapada de jogar de igual para igual, deu Fluminense 2 a 1, Zezé Gomes e Valtair. Os campeões da Toyota estavam todos lá. E jogamos nesta quarta sem vários titulares. Acontece que somos mosca na sopa, adoramos estragar a festa e já temos feito muita peraltice por aí.
Esse foi um Fla-Flu para poucas retinas tricolores. Com a supressão da transmissão, cada ser tricolor buscou um caminho. O rádio, maravilhoso. A internet. Valeu tudo, até telefone de copo de iogurte. Não tem problema: poucos viram de perto Amauri em 1982 e Renato em 1995. E se valeu tudo, cada um sonhou de um jeito, mas nem os mais otimistas sonhavam com uma vitória com um golaço de calcanhar. Já teve barriga antes. O Fluminense surpreende por todos os poros do corpo, aguardem.
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