Acabou o encanto. A primeira derrota do time comandado por Marcão trouxe de volta o amargo sentimento da possibilidade do descenso.
Na verdade, desde que assumiu a equipe, nosso aprendiz de treinador não mudou sua forma de jogar nem alterou drasticamente a equipe titular. É possível perceber que o Fluminense tem sido, ainda, um pouco de Diniz e outro tanto de Oswaldinho.
O psicológico talvez tenha sido o que se viu de diferente, nada além disso. Só que o efeito “novo” teve fim com a derrota para o Athlético/PR. Agora, Marcão precisará por a mão na massa e inovar se quiser tirar algo mais desse time.
Resta saber se terá capacidade para tanto com o aprendizado que teve como assistente técnico. Eu, particularmente, acho pouco. Tão pouco, que nosso treinador boa praça ainda não conseguiu enxergar que o time precisa de mais força de marcação no meio, e que Ganso e Nenê não podem jogar juntos.
Contra o time paranaense, por ignorância ou por medo – não dá para cravar, mexeu errado, optando por sacar um esforçado Nenê em detrimento de um letárgico Ganso.
Se repetir os erros da última partida, levaremos um vareio do Flamengo. Marcão, que foi volante a vida inteira, deveria saber disso.
Precisará mudar a equipe e a forma de jogar para fazer frente ao time rubro-negro, mas não só isso, para atingir o objetivo do Fluminense no ano, que é escapar ao rebaixamento.
Já disse e repito: Marcão foi uma escolha amadora e temerária, assim como havia sido Oswaldinho. A diferença é que a prata da casa não é um pernóstico – muito ao contrário – como o vetusto treinador que apontou o dedo médio para o torcedor do Fluminense.
Marcão precisará mostrar que pode sonhar em investir nessa nova carreira, pois até agora levou a turma “no seu bom papo”, ajudado pela sorte, por Muriel e pelo Sobrenatural de Almeida.
Enfrentar a melhor equipe da competição dirá se Marcão aprendeu com a derrota. Exigir uma vitória seria pedir demais. O que se espera é que ele dê ao time poder de marcação, fortalecendo o meio e força ofensiva, com rapidez nas saídas para o contra-ataque.
Melhor dizendo, vai ter que se fechar – e muito bem fechado -, marcando mais alto do que tem feito, e sair rápido e com qualidade quando recuperar a bola. Para tanto, e isto parece bem claro, não poderá reunir Ganso e Nenê entre os titulares. Que opte pelo segundo, que pelo menos demonstra estar disposto a colaborar com o grupo.
Se jogar consciente do time que tem, com humildade, dentro das limitações da equipe, Marcão pode dar ao Fluminense competitividade contra uma equipe muitas vezes mais qualificada. E ainda tem a mística, que costuma nos favorecer quando a vantagem e empolgação estão do outro lado.
Não dá para esperar muito mais do que isso: dedicação extrema, atenção, muita marcação e organização tática. Com esses ingredientes, para nos vencer, terão que cortar um dobrado.
Dependendo da forma como jogar, e não me refiro estritamente ao resultado, Marcão pode recuperar a esperança do Tricolor e engrenar na luta contra o rebaixamento. Se falhar, repetindo os seus erros e os de seus antecessores, a equipe pode perder a toada, sentir o baque e enveredar por uma nova sequência de maus resultados, tornando dramática a luta contra o descenso.
Panorama Tricolor
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#credibilidade
Felipe, me desculpe pela observação, mas não é aceitável um torcedor do Flu achar que o Sobrenatural de Almeida ajuda o time. Esse personagem do Nelson Rodrigues, sempre faz tudo para prejudicar o Flu, leia algumas crônicas do Nelson Rodrigues para confirmar isso. Quem ajuda o time é o Gravatinha.
Quanto ao Marcão, concordo que ele não é o técnico ideal, mas quem não tem cão, caça com gato. Há algum técnico razoável, que aceitaria uma mixaria para treinar o Flu até o fim do ano? Certamente…