Há quinze dias atrás este espaço tratou de alguns ajustes necessários no esquema de Fernando Diniz. De lá para cá, muita coisa mudou. Veio a partida contra o CSA, os erros se repetiram, a derrota e o treinador deu seu adeus. Naquele momento, ainda havia esperança que Diniz conseguisse ganhar de CSA e Avaí, jogos seguintes no Brasileiro. Na Sul-Americana, qualquer resultado seria aceitável. E, após essa sequência, o trabalho entraria em nova fase de avaliação. A derrota para o CSA, totalmente inesperada, jogou tudo por água abaixo e, merecidamente, resultou no desligamento do antigo treinador.
Com isto, veio o Oswaldo. No meio tempo, Marcão nos levou a um bom resultado contra o Corinthians. Agora, o trabalho efetivamente se inicia. O novo professor, rejeitado por 2 ou 3 a cada 10 torcedores, de acordo com algumas pesquisas de opinião, terá que mostrar seu trabalho e superar as desconfianças.
A troca de treinador, geralmente, leva à impressão de que se faz necessário mudar muita coisa. Não é o caso. Vai ter a vantagem de pegar um trabalho estruturado, mas que precisa de ajustes pontuais. Isto pode ser bom, caso aproveite toda a estrutura já montada pelo antecessor e evolua em alguns pontos. Por outro lado, se resolver inventar e não absorver a essência do que já foi criado, pode ser a pá de cal da temporada.
O campeonato já se encaminha para a metade, os treinos dentro do calendário brasileiro são escassos e um estilo de jogo já foi absorvido. Mudar tudo seria muito perigoso, principalmente sem um período de treinos. Isto posto, o ideal é que o Oswaldo aproveite a essência de jogo do Diniz: ofensividade, posse de bola e troca de passes, pontos exaustivamente trabalhados ao longo do ano e que devem ser mantidos. O foco deve ser, e isto pareceu ser prioridade em sua coletiva na apresentação, fazer os ajustes necessários no setor defensivo.
Uma observação é importante: os ajustes defensivos mais urgentes não dependem só dos zagueiros. O ataque à bola na perda da posse, que é um dos problemas mais urgentes, cabe mais aos jogadores de frente e de meio. A quebra de velocidade do contra-ataque adversário também é tarefa mais afeita desse pessoal e a maioria dos gols sofridos nos últimos jogos seria evitada se fizessem esse ataque. Se o Diniz não conseguiu enxergar e/ou trabalhar isso, cabe ao Oswaldo entender e resolver.
Caso tente mudar a forma de jogar, possivelmente vai se enrolar. Os treinamentos são fundamentais para absorção de mudanças e, se não há muito tempo para treino, não se pode mudar o conceito já internalizado, mas a execução de questões específicas.
O Oswaldo, por mais que receba críticas, é experiente e vai saber avaliar o trabalho do Diniz. Resta saber se terá competência para transformar a teoria em resultados práticos. O desafio é grande, a necessidade de resultado é urgente, mas há um terreno bem cuidado, basta aproveitar e colherá bons frutos.
Enquanto isto, vamos todos ao Maracanã na quinta-feira, empurrar o Fluminense a uma classificação muito desejada.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
A se alinhar a isto , o péssimo elenco que está nas Laranjeiras. Desde que acompanho o Fluminense , em 1.949 , já vi elencos ruins. Este é o pior. Aliado a um técnico honesto , mas sonhador. As contratações , nos últimos anos , são horríveis. E se não é ruim , são jogadores já decadentes e em fim de carreira. E , se é jovem e promissor , rua com eles. Não há santo que resolva este tipo de mentalidade. Lastimável situação.
Valeu Hugo. Só discordo que na Sula qq resultado seria aceitável. Sabe, nós torcedores e corneteiros, temos que lembrar da grandeza de nosso amado clube. Temos que só aceitar jogadores e treinadores que querem ser campeões, tipo Fred. Chega de se pequena com alguns bons resultados. É hora de pensar como tricolor, temos DNA campeão. S tc