Tricolores de sangue grená, este domingo será de fortes emoções para nós, visto que a permanência de Fernando Diniz no comando técnico do Fluminense provavelmente dependerá de uma vitória contra o time alagoano que enfrentaremos no Maracanã, às 16 horas. Com apenas três vitórias no campeonato, sendo roubados jogo sim, jogo também, e perdendo gols aos borbotões, o nosso querido Tricolor patina nos múltiplos fatores extracampo e intracampo e não consegue deslanchar. Dessa vez, temos o tipo de confronto no qual a vitória é obrigatória, não há meio termo. O CSA é um time de extremos: toma de 4 do Ceará e empata com Palmeiras e Santos. Porém, temos 14 rodadas jogadas e os caras só tiveram uma vitória, e contra o Goiás, em casa. O mesmo Goiás que já levou de 6 duas vezes no campeonato e precisou do VAR, do juiz e da cegueira coletiva pra nos vencer. Mesmo assim, há de se ter cuidado, pois são franco-atiradores e não têm mais nada a perder. São candidatos ao rebaixamento e sabem disso.
Diniz não é bobo, e acho que mesmo sem a “comida de rabo” do Celso Barros ele já começaria a testar uma nova formação para variar o esquema de jogo, agora que Mascarenhas pode ser aproveitado. Achei curioso os jogadores terem se incomodado com o tom da conversa e terem ficado ao lado do técnico. Ainda que isso demonstre que o grupo está fechado e em harmonia, eles precisam entender que são os principais responsáveis por tudo isso, se excluirmos a influência externa. Não é o Diniz que perde gols, não é ele que entrega bolas de bandeja pros atacantes adversários e não é ele que bate roupa pro meio da área. Se querem manter o treinador pelo qual têm tanto apreço, é hora de melhorar o desempenho dentro das quatro linhas. Treinem, meus queridos, até depois do horário. Treinem à exaustão finalizações, triangulações, cabeceios, cobranças de falta, escanteio e pênalti. Aprimorem-se! Se vocês deixarem de vencer as partidas por vacilos como os que têm acontecido, é o treinador que vai rodar. Infelizmente no Brasil é assim, a corda arrebenta do lado mais fraco.
Notem que eu não tenho uma opinião formada sobre o episódio da reunião do Celso com comissão técnica e jogadores. Não sei se foi certo ou errado o tom adotado, mas era esperado isso, mais cedo ou mais tarde, tanto pela má vontade já expressa do dirigente em relação ao Diniz quanto pela cobrança (parcialmente irracional) da torcida por resultados melhores (ainda que seja legítimo querer isso). Mesmo achando um absurdo, não dá pra ignorar a quantidade de torcedores que quer ver o Diniz fora do Flu. Como acho que será extremamente prejudicial a sua saída, torço para que a nova formação, que me parece mais equilibrada, dê certo nos jogos em que precisarmos dela. Contra o CSA, não há necessidade: pode escalar o time que vem jogando, que a obrigação é passar o rodo, vencer e BEM a equipe nordestina. Se não conseguirmos vencer o CSA, meus amigos (a menos que ocorra uma hecatombe bizarra, estilo o Wright expulsando meio time do Galo em 1981), melhor fechar pra balanço e desistir da Copa Sul-Americana. Falando nela, tem jogo no meio de semana, né?
A arbitragem colombiana me deixou mais aliviado. Fato é que o Corinthians é um adversário forte, de peso, de respeito e de camisa, mas seu principal perigo sempre esteve no conjunto carnavalesco: um apito e duas bandeiras. Ter imparcialidade para jogar pelo menos uma competição que seja é um bálsamo nesses tempos de VAR e sua equipe de “míopes” nos tirando vitórias, pontos e a tranquilidade. Conquistando um triunfo sobre o CSA, vamos para Itaquera com Mascarenhas na esquerda, Caio Henrique no meio e, se Gravatinha quiser, não sofreremos gols. Meus queridos, nós merecemos a Copa Sul-Americana, talvez mais do que mereçamos a Libertadores. Claro que a Liberta é nosso sonho de consumo, e 2008 precisa um dia ser vingado, mas nenhuma torcida dos onze times grandes do Brasil dá tanto valor à Sula quanto a do Fluminense. Batemos na trave em 2009, chegamos perto em outros anos. Dessa vez tem que ser nossa. O caminho até o título já está traçado. Vamos pra dentro deles.
Curtas:
– Allan convocado para a Seleção Olímpica. Muito legal. Merecido demais. Mas… vai nos desfalcar em possivelmente duas partidas no Brasileiro. E é data FIFA, então não há o que fazer. Cobertor curto é uma bosta. Temos vários nomes se destacando no time titular, chegam a ser convocados, e não temos, boa parte das vezes, jogadores do mesmo nível pra cobrir as ausências. É foda.
– O Flamengo deve ao Fluminense uma quantia X pela compra do Gerson, já que o Flu é o clube formador. O Fluminense tem uma dívida menor que a quantia X com a empresa gerenciada por Fluminense e Flamengo responsável por tomar conta do Maracanã. O Fluminense está negociando com o Flamengo o abatimento de parte do valor devido pelo Flamengo para cobrir essa dívida, e ainda sobrará um valor a receber por parte do Fluminense. O que a Flapress divulga? Que o Fluminense deve ao Flamengo, com direito a charge de personagens de Chaves e tudo mais. E depois não existe perseguição ao Fluminense, é tudo coisa da nossa cabeça.
– Ainda falando sobre nossos bastardinhos, tem um lunático nas redes sociais dizendo que o Flamengo fundou o futebol do Fluminense. Tudo bem que hoje em dia tá ficando “normal” essa coisa de fake news, né… tem gente até que acredita que o Flamengo é o campeão de 87, mesmo com a taça estando na sede do Sport! Porém, devagar com o andor. Se quer reescrever a história do futebol, pelo menos seja mais criativo. Nada de tricampeonato em dois anos ou intercontinental contra reservas de time europeu chamado de mundial, hein!
– Palpites para as próximas partidas: Fluminense 4 x 0 CSA; Corinthians 0 x 1 Fluminense.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade