A verdadeira cara do novo Flu é… (por Paulo-Roberto Andel)

O que não falta é assunto sobre o Fluminense. A maioria não é boa, mas deixa estar.

A turma aqui da casa já está dissecando tudo e, apesar das minhas evidentes restrições à atual gestão tricolor, que ninguém espere de mim aberrações como “gente respeitável” que andou indignada com vitórias ano passado ou nanocelebridades de Twitter. Naturalmente, estou acima disso.

Prefiro esperar mais um tempo até embasar minha opinião sobre qual é a verdadeira cara do novo Flu, pelo menos a do escritório.

É claro que a turma “nova” pegou um armário que ainda promete muitos esqueletos. Nova, mas nem tanto: conhecia muito bem o modus operandi da turma “velha”. Tudo criado junto. Aí veio o muro de Berlim e os dois grupos passaram a se apedrejar até que um provasse – ou tentasse provar – que era mais tricolor de coração do que o outro. O jogo permanece empatado em 167 a 167.

Iniciativas bem legais da “nova”: trazer a torcida para Laranjeiras, tirando o clima de cemitério do clube. Ainda é muito pouco diante das promessas de pensar o Fluminense grande, fazer diferente etc, mas é legal. É quase nada além de obrigação, mas é melhor do que o nada. É dever de todo dirigente tricolor aproximar os tricolores. Ponto.

Museu de velhas novidades: nenhuma transparência (tão cobrada por tuiteiros e blogueiros de trottoir…), os velhos cochichos que dominaram a Era Flusócio, o entra e sai de alguns nomes às vezes obscuros, o clima de boleiragem com esporro no treinador (não que ele não mereça, mas isso nunca deu certo). Vamos em frente.

Quem pode salvar o semestre do Fluminense fora das quatro linhas?

O time, claro.

Se os resultados melhoram no Brasileirão e avança na Sula, tudo vira “gestão”, “legado” e “trabalho”. Perto de precisar de 50% dos pontos no segundo turno para não se afogar, ao Flu não bastará o belo jogo de algumas partidas mas o pragmatismo da pontuação.

Tem time para isso? É, tem.

Não é o time que muita gente acredita ou gostaria, mas dá para melhorar sim. Não havendo desmonte e com um pouco de sorte, dá sim.

Tema inevitável: Fernando Diniz. Está obrigado a vencer o CSA e o Corinthians. Se conseguir, ganha cilindros de oxigênio. Se não der, a guilhotina é certa e tudo pode acontecer, exceto a volta de Ricardo Drubsky – porque há limite para tudo, né?

Domingo, quatro da tarde, dia e horário raros no atual momento tricolor, pode até não parecer mas é um dos grandes desafios do ano. Aquele jogo que você não pode errar e que pode colocar tudo a perder.

E qual é a verdadeira cara do Flu?

Vamos torcendo, torcendo.

Sai do chão, sai do chão, a torcida do Lucão…

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#credibilidade