Alguns ajustes no Flu (por Márcio Machado)

No começo de mais uma semana pós-derrota, borbulharam as redes sociais tricolores de reclamações e pedidos à diretoria. Afirmo de entrada que o momento não é de mandar ninguém embora, mas o técnico teve responsabilidades no jogo de sábado, vamos à analise.

Um problema relevante é o fato que liberar o goleiro para bater tiro de meta da maneira comum de nada adianta para aliviar a pressão sem uma estratégia para aproveitá-lo. Aconteceu duas vezes em dois jogos. Começamos bem, impusemos posse de bola no campo do adversário, tocamos incessantemente, finalizamos pouco (problema que até vem se reduzindo, mas precisa ser mais rápido) e… não matamos o jogo

Por volta dos 30 minutos, a gente acaba reduzindo o ritmo, o outro time chega, pressiona a nossa saída e o Muriel desanda a dar chute pra frente, sem ninguém para recebê-la. A bola passa a ser do adversário que nos pressiona (contra o Inter não foi isso porque o técnico deles, mesmo tendo jogado um bom primeiro tempo, recuou o time demais no segundo e isso é fatal contra um time habilidoso como o nosso).

Para jogos fora de casa e adversários mais fortes, há de se criar alternativas. A torcida fala muito em atitudes mais defensivas e ‘normais’. Não sei se é o ideal, colocar Airton no time tirando alguém desse meio vai sacrificar a qualidade da nossa posse de bola e a uma crise técnica, como a de antes do jogo com o grêmio. Um outro treinador mais defensivo pode criar um outro esquema jogando em contra ataque, mas vai custar um tempo de adaptação e vai colocar jogadores de qualidade diferenciada no banco em profusão para encaixar três volantes jogando. Para quem vier com a resposta de que o importante é ganhar, só aguardo coerência. Quem reclamar de três volantes e queria o Diniz fora será cobrado neste espaço.

Por fim, minha sugestão: Mascarenhas está em condições e tem se ser posto imediatamente no time titular. Caio Henrique assume sua posição no meio do campo, onde ninguém é volante ou meia comum (todo mundo faz tudo), mas Ganso e Daniel não têm tanta pegada e, por vezes jogam muito atrás para fazer a cobertura. Caio Henrique no lugar do Daniel mantém a qualidade, libera o ganso para mais perto da área e torna o meio campo mais combativo. Junto a isso, os atacantes e meias têm de treinar a recepção de tiros de meta e reposições longas do Muriel, para não ficarmos sempre presos entre duas armadilhas.

Como acho o Diniz capaz de promover isso o defendo, mas obviamente o resultado do próximo domingo é importante. Demiti-lo antes seria um erro e uma sacanagem. ST.

Panorama Tricolor

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