Nada como uma Copa América no meio para alavancar novamente as esperanças do Torcedor Tricolor. Tempo de treino duro, uma tabela menos terrível do que aquela que tivemos até a parada para a competição internacional, nova gestão (que já trabalha para acertar os salários atrasados e na busca de patrocinador), “dois reforços” (Muriel e Nenê), treino em véspera de jogo nas Laranjeiras e diante da torcida, pacote de ingressos promocional aproveitando os jogos em sequência que o Flu fará em casa.
Pode não significar nada, mas já é alguma coisa diante da pasmaceira administrativa da gestão anterior de Pedro Abad. Mario e Celso mostram que, no mínimo, pretendem chacoalhar o ambiente, aproximando o torcedor do time, cumprindo as obrigações salarias e qualificando o elenco.
Bem, pelo menos parece que deram os primeiros passos para atrair o torcedor e minimizar os problemas financeiros do clube. Quanto à qualificação do elenco, é preciso mais tempo para dizer se, realmente, os dois nomes apresentados serão úteis ao time, sobretudo Nenê, cujos salário elevado (ainda que dividido com o São Paulo até o fim de 2019) e idade podem ser um entrave a bom custo-benefício de sua contratação.
Além disso, com a iminente saída de Luciano, há severas dúvidas se o talentoso Nenê, embora exímio nas assistências e cobranças de faltas, possa desempenhar, também, as funções táticas do esquema de Diniz. Mas isso só o tempo dirá.
Por enquanto, é preciso foco nos próximos jogos pelo campeonato brasileiro, reverter o quadro negativo do primeiro quarto da competição e pontuar maximamente, aproveitando o imprescindível apoio da torcida.
Avançar na Sul-Americana também é um dos objetivos, senão o principal desta temporada, uma vez que é um título que nos falta na gloriosa sala de troféus das Laranjeiras e, além disso, traz consigo uma gorda premiação e uma vaga da Libertadores de 2020.
Mas é preciso dar um passo de cada vez. Primeiro, amenizar a crise financeira, pagar os salários em dia, qualificar o elenco e vencer. Sem vitórias, não há projeto que dê certo, mesmo o de Diniz, que tem (ainda) o apoio de grande parte da torcida. Precisa transformar suas ideias em pontos, em vitórias, porque não haverá desculpas plausíveis para um eventual baixo aproveitamento nessa sequência de jogos que o Flu fará em casa.
Veremos, portanto, como se portam o Fluminense de Diniz (após largo tempo para treinamentos e frutificação de suas ideias) e da nova gestão que, até aqui, tem caminhado bem. Se houver bons ambientes dentro e fora de campo, certamente teremos renovadas as esperanças para um restante de temporada proveitoso, digno das tradições do Tricolor.
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