Pedro e outras palavras do Flu (por Paulo-Roberto Andel)

Quebrando as mini férias…

Vamos lá: ninguém pode ser tão irresponsável a ponto de julgar a nova gestão (mas nem tanto) do Fluminense com vinte dias de mandato. É de se imaginar a zona deixada por lá, mas é bom que se diga: não tem nenhum coitadinho nessa. Todos já sabiam muito bem o que vinha pelo caminho. Enfim, o rombaço é uma realidade e torço para que o eleito e seu staff consigam uma das maiores façanhas da história do clube, que é minorar essa dívida absurda e irresponsável. Mas é bom que se diga: não se deve repetir o comportamento escroto de alguns situacionistas, que descaradamente torceram pelo “quanto pior, melhor” na Era Abad – que nem precisava disso para ruir sozinha, infelizmente.

Bola dentro: o presidente chamar a torcida para jogar junto. Acabar de vez com o discurso reacionário de “Ir é sua obrigação”. Futebol é fetiche, paixão, desejo coletivo e não serviço militar: o torcedor se sente importante e vai. Espero que os cinco jogos tenham um bom público e que o Fluminense mostre a força de mandante.

Bola fora: sei pouco do assunto, mas os primeiros movimentos de contratação de funcionários que ouvi falar passarem por indicação de marido, bem como prêmio pela panfletagem política, são de doer. Desagradaram até os picareta$ da internet. Com a bola, o CDel.

A expectativa: a nova gestão foi eleita com um discurso retumbante de força e de grandeza do Fluminense. Há rumores de um grande patrocinador master. Ok, mas vamos falar de matemática fundamental: será preciso bem mais do que o anúncio na camisa para cobrir o rombo imediato de +- 200 milhões. Que venha o master e que se confirme o discurso de pensar grande, onde naturalmente rifar jogadores da base e promessas do primeiro time não tem vez.

Falando em rifa, essa obsessão rubro-negra pelos patrimônios tricolores é antiga demais. Até técnico e dirigente entraram nessa. Agora querem o Pedro. Bom, vendê-lo seria uma sandice porque seu valor dificilmente serviria para uma reposição à altura. Segundo, porque não se reforça adversário direto. E terceiro, o próprio jogador – acabou de vir de uma longa contusão, o Fluminense lhe deu todo apoio e suporte, Pedro está voltando aos poucos e bem. No futebol profissional não dá para falar em traição quando se troca de clube, mas seria no mínimo uma demonstração de descaso que, espero, não tenha um pingo de materialização.

É isso. Acabou a Copa América, tudo novo de novo. Torçamos pelo melhor para o Flu. Quem torce contra por interesses pessoai$ é digno de desprezo. Sabemos quem são, e que já não enganam mais ninguém.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#credibilidade

1 Comments

  1. Excelente, Andel! Texto curto e objetivo sobre o panorama atual do clube. Espero que os “novos” dirigentes tenham aprendido com o “caso Scarpa”, e não percam de bobeira o Pedro, que é um ótimo ativo (técnico e financeiro) para o clube. Carecemos de força para combater o claro aliciamento do Flamengo, que ajudado pela mídia, tenta criar um clima ruim entre jogador e torcida, para conseguir contratá-lo. ST.

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