Foi com extrema satisfação que recebi a notícia de que Francisco Horta se recuperou do infarto, teve alta médica e voltou para casa. Que susto nos deu nosso Presidente Eterno. Saúde para ele, que ainda o tenhamos por muitos anos ao nosso lado.
Horta, na verdade, foi o primeiro ídolo que tive no Fluminense. Foi o responsável pela contratação de Rivellino (esta principalmente), Paulo Cézar e tantos outros componentes da Máquina Tricolor, o esquadrão que me tornou apaixonado por futebol.
Quando garoto, sócio do clube, o via flanar pelas dependências das Laranjeiras conversando com os empregados, com os associados, sempre exibindo seu jeito cordial. Para mim, era como olhar Rivellino cobrando faltas no treinamento. Meus olhos brilhavam da mesma forma.
Sim amigos, Francisco Horta é um ídolo de todos os torcedores do Fluminense. E arrisco a dizer que o mais importante presidente da história do clube. Pouco importa se trabalhou no Flamengo durante um tempinho – teve até sua foto tirada da galeria de presidentes na ocasião, erro corrigido com relativa rapidez. Ele é a essência do Fluminense Football Club.
Tive também o privilégio de conviver com Horta no exercício da profissão de jornalista. Foi na época das vacas magérrimas, quando ele formou com David Fischel e José de Sousa o triunvirato que ressuscitou o Fluminense. Ou alguém acredita que Carlos Alberto Parreira daria ouvidos a um chamado de outra pessoa?
Foi nessa fase, inclusive, que tive o prazer (ou melhor, a realização de um sonho) de assistir ao seu lado a jogos do nosso Tricolor nas tribunas do Maracanã. Lembro também das diversas vezes que me recebeu para entrevistas em seu escritório, no Edifício De Paoli, esquina da Avenida Rio Branco com Almirante Barroso. “Saudações Tricolores, Paulo”, dizia, ao abrir a porta de sua sala. Que orgulho ser reconhecido por um dos heróis de minha infância.
Essa coluna foi escrita em homenagem a ele. Sai pra lá, infarto. Que sua recuperação seja rápida e duradoura. Não é qualquer percalço que o tirará de nós, presidente. Afinal, o que é uma enfermidade para um homem acostumado a vencer ou vencer? Que Deus o abençoe.
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