A eleição tricolor a caminho (por Paulo-Roberto Andel)

Primeiro, o mais importante: que o Fluminense consiga fazer um bom jogo logo mais na Arena, preferencialmente conseguindo os três pontos.

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Depois de dois anos e meio de apedrejamento mútuo e a proliferação de milícias virtuais nas redes antissociais, o Fluminense entra na reta final para a eleição do novo presidente.

Ainda que as estatísticas de enquetes e pesquisas sejam precarizadas por diversos motivos – perdoem-me por não gastar 25 anos de profissão dissecando o assunto -, repete-se a polarização de disputas anteriores, no que parece um cenário bastante equilibrado.

Uma coisa é certa: se dentro do campo o Fluminense ainda tem conseguido pequenos brilhos, fora dele a situação é assustadora. Devendo no minimo 700 milhões de reais e com quase um terço disso no curto prazo esmagando o clube, estão faltando dinheiro, credibilidade no mercado e parcerias consistentes.

É uma tarefa para gente dotada de capacidade moral, intelectual e administrativa. Não dá para tratar isso como a “nova lacração do tuíter” ou o “post bombado do Facebook” (patrocinado). Que ninguém se iluda: não é conversa para zé ruela metido a boleiro de pelada, nem papo furado pra birrinha de facções “políticas”.

Ou o Fluminense retoma o caminho da paz ou estará perdido, tão perdido quanto o Brasil está – ainda que aviso não faltasse previamente. E me parece ser péssima ideia dar poder de decisão no clube a quem pregou o ódio, em se tratando de quem cerca os candidatos. O que a cólera acrescenta ao clube? Nada! Pelo contrário: o diminui, o apequena, o coloca no alvo da fulanização. Ódio pelo ódio, crimes na internet, covardias. Esse modelo já seduziu e enganou a muita gente, com resultados pífios. Repeti-lo será fatal.

Minha modesta opinião aos amigos leitores e espectadores, ela é simples: usem esta semana para investigar as propostas dos candidatos e suas realizações passadas. O que edificaram de verdade em suas trajetórias? De onde vão tirar os meios para resolver os inúmeros problemas do Fluminense? E principalmente quem os cerca, quem são suas “tropas de choque”: como agem, do que vivem, o que pregam?

O que leva determinados internautas a tantas declarações ofensivas neste cenário 24 horas por dia? Paixão? Convicção? Ou as velhas promessas clientelistas de emprego e cargo no clube?

Eleitor(a), utilize esta semana para pesquisar bem sobre tudo o que cerca essa disputa. Não se deixe levar por bravatas ocas de internet e falácias do “ouvi falar”.

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Seja qual for o resultado das urnas, é obrigação do novo presidente do Fluminense escutar todas as correntes, lutar pela pacificação do clube e saber que representa a TODOS os tricolores, não apenas aos seus eventuais eleitores.

Se o eleito não tiver essa atitude, pode começar a contar suas horas para a própria ruína. Nenhum tuiteiro, facebuqueiro, blogueiro ou outros eiros será capaz de salvá-lo.

O Fluminense não pode mais pagar a conta de irresponsabilidades isoladas.

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Alguns dos meus melhores amigos na torcida tricolor, assim como eu, vão votar em Ricardo Tenório. Outros melhores amigos na mesma torcida, em Mário Bittencourt. Gente com quem lido diariamente, de forma saudável.

Afinal, nenhum de nós tem qualquer compromisso com os candidatos que não seja o de ver o Fluminense melhor, o que nem todo mundo pode dizer por aí.

Já os que se afastaram de mim em 2016 porque declarei à época que não votaria em Mário, não eram meus amigos de verdade. Aliás, não são amigos nem de si mesmos, quanto mais do Mário…

O mesmo vale para os que agiram da mesma forma quando critiquei a gestão Abad.

Nem preciso dizer de nanocelebridades que se julgam muito mais importantes do que realmente são.

Que descansem sem paz.

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Em tempo: minha declaração de voto já era pública antes desta coluna ter vindo ao ar.

A única finalidade deste ato é apresentar aos meus dez leitores(as) a mesma transparência que tenho demonstrado em 13 anos como cronista sobre o Fluminense, além de autor de 14 livros sobre o nosso time do coração.

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Falando em livros, o 14o está a caminho: “Fla-Flu: o jogo que nunca termina”. Lembranças do clássico imortal, com alegrias e tristezas. Participações tricolores e rubro-negras.

Prefácio do cracaço Mauro Jácome, com as participações especialíssimas de Marcos Eduardo Neves, Mariana Rozadas, Affonso Nunes, Marcelo Migliaccio e Bernardo Araujo.

Lançamento em junho no Sebo X (Praça Tiradentes, 9/611) e em julho no Beer Joe Rock da Barra da Tijuca. Depois divulgo as datas por aqui. Espero por vocês, pois.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#credibilidade

1 Comments

  1. POR QUEM DOBRARÃO OS SINOS A AMPLIAR – NOS A SAUDADE DA FIGURA DE MANOEL SCHWARTZ,NESSA DESARRUMADA CASA TRICOLOR DA LENDÁRIA ÁLVARO CHAVES E OUTROSSIM ADEMAIS LARANJEIRAS A ESSA ALTURA EM CONTEXTO POLÍTICO CONTURBADO CAÓTICO E ENGANADOR A EXPRIMIR SEMÂNTICA QUASE SIMILAR A TUDO O QUE NOS REMETA À LAVAGEM DE DINHEIRO COMO É O CASO DO CLÃ DO MILICIANO A USAR O OPERADOR QUEIROZ PARADEIRO IGNORADO E A NÃO COMPARECER ÀS URNAS QUAISQUER SEJAM OS SUFRÁGIOS..

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