Amigos, amigas, ao analisar, se não me engano, a derrota do Fluminense para o Santos, há uma semana e meia, disse aqui que o Fluminense precisava de um ajuste fino. O que tivemos sábado no Maracanã passou muito longe disso, foi praticamente uma ruptura.
Embora eu tenha feito uma matéria para o O Tricolor na sexta-feira em que considerava a hipótese do time entrar em campo exatamente com aquela formação, a verdade é que eu não imaginava que Diniz fosse optar por ela. Imaginei que colocaria mais um volante, poria Ganso no time, fazendo o meio com Daniel, e deixaria Pedro no banco.
Qual não foi minha surpresa ao constatar que Diniz optou por colocar em campo aquilo que, aparentemente, tem de melhor. Digo “aparentemente”, porque fiquei encantado com a participação de Léo Artur na partida.
Teremos um jogo difícil na quarta-feira contra um Mano Menezes pragmático e perigoso. O Cruzeiro vai jogar atrás da linha da bola tentando provocar o erro do Fluminense. Precisamos de capacidade de construção pelo meio e jogadas articuladas pelos lados. Eu colocaria Léo Artur em campo auxiliando Caio Henrique pela esquerda e Paulo Henrique Ganso ou Daniel mais pela direita, auxiliando Gilberto. Com Daniel ou Ganso centralizado, adiantaria Allan para dobrar o meio.
Quanto ao ataque, é Pedro e Yony, Luciano e Yony ou Luciano e Pedro, mas não como ontem. Yony jogou aberto pela esquerda, longe da área. Não se faz isso com um jogador que marcou dois gols na última partida justamente porque estava na área. Diniz fez certo em colocar dois homens em cima da última linha do Botafogo, mas Yony tinha que ter jogador próximo a Pedro.
Nada disso quer dizer que tenhamos jogado mal. Muito pelo contrário, o Botafogo só nos ameaçou durante todo o primeiro tempo em uma patacoada do Rodolfo, que deu a bola nos pés do adversário. Luciano teve a bola do jogo e foi fominha. Não é que Luciano tenha jogado mal. É um jogador que se entrega à partida e tem qualidades, mas não pode fazer uma trapalhada daquelas com Pedro livre para empurrar para o gol vazio.
Diniz colocou em campo a formação mais apropriada, desde o início da temporada, para instrumentalizar seu modelo de jogo. O Fluminense dominou o Botafogo e fez o que quis, menos gols. O problema é que é preciso fazer gols para ganhar as partidas. Pedro ainda está sem ritmo de jogo. Mesmo assim, computou uma caneta espetacular e uma assistência de craque para Caio Henrique, que perdeu o gol. Já já começa a fazer um gol atrás do outro e eu espero que isso seja na quarta-feira, porque nós precisamos da Copa do Brasil. São R$ 70 milhões em caixa no final do ano, com superávit, redução da dívida e aumento da capacidade de investimento para a conquista da Libertadores e do bi mundial em 2020.
A minha opinião é de que Diniz está no caminho certo, a proposta é essa mesmo. Prefiro amargar uma derrota com o time jogando bem, dominando o adversário e criando várias oportunidades de gol, do que ver aquele bando em campo do final do ano passado, dando chutões a esmo e sendo sufocado por qualquer adversário que enfrentasse.
Ainda vamos ter percalços, porque não se implanta um modelo de jogo ousado como o de Diniz sem que seja cobrado um preço alto em falhas, erros e surpresas. O que não pode é continuar perdendo gols feitos como ontem. De resto, a torcida foi formidável, tanto pela presença, quanto pelos aplausos no final do jogo, reconhecendo o bom espetáculo proporcionado pelo time em campo.
Olho vivo com o Cruzeiro, porque o Cruzeiro não é o Grêmio, que, a exemplo do Fluminense, parte para cima de qualquer um como se não houvesse amanhã. Os caras têm um timaço, são equilibrados, têm o mesmo treinador há muito tempo e são letais no ataque. Temos que jogar com inteligência, vigor tático e espírito. Aquele espírito do jogo contra o Grêmio, o espírito de Fluminense.
Saudações Tricolores!
O TRICOLOR – informação relevante.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
Diniz tem que continuar e temos que dar apoio ao modelo implantado…chega de ver o fluminense se apequenar, temos que ser protagonistas.
Luciano tem que sair, ele fez parte do ataque que não fazia gols no final do ano passado e nessas últimas partidas tem se mostrado o mesmo jogador de antes.
Boa tarde. Concordo com tudo. Sigamos com Diniz. Ele não erra passe, não perde gols e não evita cruzamentos. Mas é ele quem pode ser mandado embora. Não caiamos nessa. A começar pelo colega aí ao lado que, sutilmente, já está fritando o homem. Agora, quanto ao comentário acima, acho que o midiático Mourinho deveria ganhar mais e falar menos. Teóricos já temos demais. Abraços.
Concordo. Diniz deve continuar.
Mourinho é técnico de colocar os 10 jogadores de linha dentro da própria área e jogar por uma bola apenas.
“Futebol não é apenas uma questão de filosofia, é também uma questão de estratégia”
– José Mourinho (entrevista no link abaixo, aos 9:54 min.)
Diniz deveria ouvir com atenção essa ótima entrevista do Mourinho sobre as semifinais da UCL.
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On The Touchline: ‘They just collapsed’ – Mourinho on Champions League comebacks
https://www.youtube.com/watch?v=pB3RMCWoGnQ
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