O TRICOLOR – informação relevante.

O Barroca deu uma volta no Diniz. Sabendo da superioridade Tricolor e das limitações de seu time, posicionou o Botafogo como o time que é, pequeno. Some-se a isso dois gols incrivelmente perdidos na frente de Catito, sendo que num deles a opção Pedro era melhor, e uma arbitragem que nem de longe pareceu com a do Klaus, lá no Sul, e temos mais uma derrota, assim como foi contra o Goiás, jogando bem melhor do que o adversário.

A torcida reconheceu isso ao fim do jogo, mas não basta. É preciso vencer, e superar a nossa incapacidade contra times que se fecham bem atrás.

Nessa toada, Diniz vai queimando seus cartuchos com a diretoria e, sobretudo, com a torcida, muito embora tenha montado o time como muitos torcedores pediam, com menos volantes.

É certo que Bruno Silva e Airton não jogaram porque estavam lesionados, mas nem assim, apenas com Allan como volante e três homens de frente – Pedro, Luciano e Yones – a equipe conseguiu a vitória contra um time tecnicamente inferior, mas que se postou bem defensivamente e só saía para o jogo em contra-ataques.

E foi num deles, raros, que conseguiu o seu gol.

Contra o Grêmio, que partira para cima, o Flu encontrou campo para marcar os gols da virada histórica, mas contra um time que, mesmo com o resultado de empate pouco saía, as coisas se complicaram.

O time não jogou mal, dominou o adversário, mas a vitória não veio novamente. E o campeonato brasileiro não perdoa a perda de pontos contra equipes inferiores, como Goiás e Botafogo, por exemplo. Cobrará seu preço no fim.

O individualismo de Luciano, no lance em que perdeu o gol cara a cara com o goleiro alvinegro, embora grave, não pode ser considerado como a causa única da derrota. O Flu deveria ter sido mais incisivo contra uma equipe que só jogou para se defender e sair na “boa”.

Se martelasse mais, certamente teria conseguido outras boas chances para marcar.

A vitória contra o Grêmio ficou para trás. A realidade do Brasileiro não permite saborear um sucesso desse tamanho por mais de uma rodada. Não dá para perder pontos para times menos qualificados, ou alguém acha que o Botafogo, ou o Goiás, com o futebol que apresentaram, disputarão, ao fim do campeonato, posições no alto da tabela?

É preciso somar pontos, e para já. Diniz que dê seu jeito, porque muito embora ainda tenha o apoio de parte da torcida, futebol é resultado. Com uma diretoria questionada até o último fio de cabelo, e ainda que assim não fosse, todos sabemos sobre quem recairá a responsabilidade pelos sucessivos malogros.

Panorama Tricolor

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