A coluna de hoje mistura emoções. Ao mesmo tempo em que estou esperançoso com a iminente volta de Pedro ao time do Fluminense – após longa ausência provocada por uma lesão -, me sinto triste pela partida rumo ao Plano Superior de meu amigo Gilberto, funcionário de tantos anos do clube das Laranjeiras.
Quando comecei a atuar como repórter, lá pelos anos 1990, pela Agência Noticiosa Sport Press, fui designado para fazer a cobertura diária do Flu. Morador de Laranjeiras desde a infância, ex-sócio do clube e tricolor apaixonado, não tive muitos problemas para exercer minha função. E um dos caras que mais me ajudou foi Gilberto, do Departamento de Futebol.
As pesquisas sobre antigos jogadores, jogos e outros detalhes me fascinavam. E a ele também. Com o maior carinho, ele procurava em seus arquivos as informações que eu pleiteava. E essas pesquisas sempre se alongavam em bate-papos sobre aquela paixão que nutríamos pelas três cores que traduzem tradição.
Ao saber de seu falecimento, por intermédio de uma nota compartilhada no Facebook pelo amigo Antonio Gonzalez, não pude conter as lágrimas. Veio à mente minha juventude, meu início na profissão de jornalista e o campo das Laranjeiras.
Não há muito que dizer. Junto com Gilberto, o Fluminense morreu um pouco também. Sim, pois a alma dos grandes clubes é forjada pelos grandes homens que fizeram a sua história. E Gilberto foi um deles. Até um dia, meu amigo.
Mas como a vida continua enquanto perdurar nossa caminhada por este mundo material, devemos procurar motivos para seguir com alegria e esperança. E o retorno do garoto Pedro contra o Santa Cruz, no Maracanã, pela Copa do Brasil, nos dá a esperança de dias melhores para o nosso clube.
Ele será vendido em breve? Todos nós sabemos, mas vamos curtir enquanto podemos desfrutar da sua presença. Um ídolo para os jovens torcedores do Fluminense e para os antigos também. Seja bem vindo de volta. Saudações Tricolores e boa Semana Santa a todos.
Panorama Tricolor
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