Leio no noticiário tricolor que Pedro Abad foi recentemente à Europa em busca de potenciais parceiros para o Fluminense. E que tem conversado até com Kia Joorabichian, aquele investidor que, em 2005, trouxe Mascherano e Tévez para o Corinthians. Ah, também foram para o Parque São Jorge, naquela ocasião, nossos conhecidos Carlos Alberto e Roger Flores. E o Timão – ainda que de forma contestada até hoje – conquistou o Brasileirão.
A ideia é “vender” a dívida tricolor a um fundo de investimento para que o clube deva apenas a um credor, pague com prazo confortável e juros menores do que os cobrados no Brasil. Segundo soube, a mesma coisa que o Flamengo fez há uns cinco, seis anos atrás e que tornou nosso rival um dos dois clubes mais ricos do Brasil, atrás somente do Palmeiras da Crefisa.
Acho válida e pertinente a movimentação de Abad. Parece que, no terço final de seu mandato, ele finalmente está dando dentro. A chegada de Paulo Angioni o ajudou. Usando a criatividade, conseguiu trazer jogadores que injetaram confiança na torcida. Ganso é o símbolo desta nova fase, a ousadia sempre vence a letargia e o conformismo.
Soube também que Abad se reuniu com Pedro Antônio em busca de sugestões. Bela medida, Não se pode prescindir de um cara com o PA. A construção do CT, bancada e tocada por ele, é algo sem precedentes na história tricolor. Merece, no mínimo, ser ouvido com atenção.
Já escrevi tempos atrás que Abad era o mais omisso presidente da história tricolor, mas parece que as coisas estão mudando de figura. Primeiro, está de boca fechada (quando a abriu, quase provocou uma merda na decisão da Taça GB). Se agisse assim desde o começo de seu mandato, as eleições nem precisariam ser antecipadas.
Bom, pouco entendo de economia, investimentos etc. Gosto de falar de bola e campo, mas é de vital importância que o Fluminense obtenha logo a solução para seus problemas financeiros. Devemos torcer, de todo coração, para que as tratativas deem certo e que possamos, ao abrir os jornais (ou os sites) de cada dia, não alimentarmos ódio pela destruição da imagem daquilo que tanto amamos. Boa sorte a Abad.
Termino falando sobre o jogo desta quinta-feira, contra o Boavista, em Bacaxá, pela Taça Rio. A grande característica do time de Fernando Diniz é manter a possa de bola, mas num campo sem as melhores condições, isso fica mais difícil. Um desafio.
Temos que ter, também, opções de jogadas “Bumba-meu-boi” para quando o campo não ajudar, seja por buracos, lama…Mas creio que só conseguiremos aplicar esta outra opção quando Pedro estiver de volta. Mesmo sendo um jogador altamente técnico, sabe também protagonizar aquele pivôzão que aprendeu vendo Fred (e até mesmo Dourado) fazer.
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