O ano novo chegou e com ele renasce a esperança de um ano promissor. É quando paramos para refletir sobre tudo o que aconteceu e planejamos como poderemos fazer do próximo ano o melhor de todos.
Falamos isso quando pensamos em vidas pessoais, futuro do país e não podemos nos esquecer do nosso time tantas vezes campeão, que mesmo se mantendo na elite do futebol e classificado para a Copa Sul-Americana, não tem muito o que se esperar.
A probabilidade do ano não é promissora e sim de mais um ano de sofrimento, angústia, decepção e torcida para um não rebaixamento.
O Carioca inicia e com ele as dívidas acumuladas e novas dívidas com o Maracanã e vem o questionamento: quando o Fluminense irá se organizar como um grande clube?
Falta estrutura, falta jogador, falta dinheiro, enfim falta o que o futebol precisa para crescer. Em crise política que recentemente quase levou ao impeachment do presidente Pedro Abad, o clube não tem condições financeiras de montar um bom time. Perdeu o volante Richard e o meia Sornoza para o Corinthians e, até agora, o único nome de peso que trouxe foi o do técnico Fernando Diniz.
Técnico este que trabalha com a constante posse de bola com trocas de passes, saída de bola dando oportunidade ao goleiro de organizar as jogadas, e rotatividade dos jogadores utilizando o maior número possível de substituições para que se formem quadros diferentes durante o jogo.
Porém sabemos que no futebol uma andorinha não faz verão e, se não temos jogadores competitivos e uma equipe bem formada, dificilmente o técnico somente conseguirá fazer alguma coisa.
Como professora de Educação Física posso dizer que o futebol precisa de um processo metodológico e pedagógico visando obter elevados desempenhos competitivos e o planejamento e a periodização implicam em eficiência, consistência e qualidade nos jogos.
Infelizmente o elenco do fluminense é fraco, com jogadores sem grandes desempenhos, sem unidade e sem craque (no Brasil ainda se acredita que uma andorinha pode fazer toda a diferença em campo).
O futebol no mundo tem uma nova roupagem, o que afeta diretamente os treinadores principalmente no que tange a performance dos atletas e ao estilo de jogo (o que era jogado, conhecido como futebol arte e o atual futebol, o de resultado). Para se ter um bom desempenho é preciso que o time seja muito mais do que bom e os treinadores precisam estar preparados para desempenhar essa nova função.
No novo futebol os jogadores precisam ter um preparo físico elevado, manter o maior tempo possível de posse de bola, uma defesa consistente, que marca constantemente e tudo isso com um trabalho de equipe.
O atual técnico deve ter uma boa leitura do jogo, além de conhecer os adversários com todas as suas virtudes e defeitos. Para isso o orgulho e a vaidade não têm mais espaço.
Enfim o que nos resta é um futuro somente de esperança, pois ela é a última que morre. Expressão brasileira esta que é muito famosa e quer dizer: tenha fé até o final. Pode ser que tenhamos 99% de chance de um ano de derrota e fracasso, mas se tiver 1% de chance de vitórias e glórias, tenhamos fé porque a esperança é a última que morre.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri