Em Brasília, 17 horas (por Rods)

Amigos tricolores, como já devem saber, eu sou de Brasília. Não de Goiás, como insiste o digníssimo Paulo-Roberto Andel, mas de Brasília. Enfim, já faz um ano que moro no Rio de Janeiro e não posso negar que poder ver o Flu de perto é uma das melhores coisas dessa mudança de endereço. É como se eu vivesse mais o Fluminense, sintonizasse melhor com o time. Vejam bem, não estou dizendo que quem mora no Rio é mais tricolor do que quem vive longe. A diferença é que quem vive no Rio tem mais oportunidades e facilidades – apesar de alguns não as aproveitarem – de acompanhar o clube.

Aqui na capital federal, você consegue ver torcedores de praticamente todos os times do Brasil, principalmente dos grandes e ainda mais dos cariocas. A rixa entre Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo é bem forte por aqui e as mesas redondas da segunda-feira de manhã estão presentes nos escritórios e nas salas de aula, mesmo sem a arquibancada.

Desde que cheguei ao Rio, ir ao estádio, ver treinos e jogadores de perto, visitar as Laranjeiras passou a ser parte do meu dia-a-dia. Não me tornei mais tricolor, porém vivo mais o Fluminense. O que o pessoal do Rio não imagina é a agonia de seguir o Flu sempre de longe. Salvo raras exceções, o jogo vem pela TV, pelo computador ou pelo rádio, nos bares, em casa ou no carro. A vibração é a mesma e a torcida tão apaixonada quanto. Mas fica sim o gostinho de algo faltando.

É como se você recebesse um chamado e não o atendesse ou cumprisse a missão pela metade. Vivi isso em 1995 quando não pude ir ver o gol de barriga, mas em compensação fui com o Flu encarar o time dos bombeiros e desembolsei uma pequena fortuna para ver a final da Libertadores de 2008. Essa é a vida de quem está longe, uma vida de extremos.

Como já comentei, me acostumei a torcer pelo Fluminense no Rio de Janeiro e agora, por diversos motivos, vim passar uns dias em Brasília e aqui assistirei o confronto contra o Palmeiras e o confronto contra o Cruzeiro. Ou seja, após passar o ano todo sofrendo e incentivando de perto, a chance de ver o Flu tetracampeão de longe é gigantesca.

Vou me juntar ao antigo coro tricolor do cerrado, menor, mas não menos apaixonado e verdadeiro que o carioca. Colocarei na janela uma bandeira a balançar em sintonia com outras, em número menor, mas não menos tricolores que as do Rio de Janeiro.

Pois bem, estarei longe e isso dói um pouco sim, mas em compensação terei a grande companhia não apenas dos tricolores de Brasília, mas dos tricolores de todo o Brasil. O grito do tetra será um só.

Hoje não tem a Voz do Brasil, mas é possível sentir a tensão no ar, à espera da voz que dirá “em Brasília, 17 horas”.

ST!

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Rodrigo César, o Rods

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Imagem: Rods

Contato: Vitor Fase Mega Master Franklin

5 Comments

  1. Parabéns pelo texto chefe!
    E obrigado pelo: ‘Vitor Fase Mega Master Franklin’
    hahahahaha #tamojunto.

  2. É por isso que não consigo entender o estádio vazio tantas vezes. O que tem de gente pelo Brasil que estaria lá se pudesse, nem dá pra contar.

    SH, valeu pelos parabéns! Acabou que não consegui combinar com ninguém e vou assistir com meu pai. Se for mesmo o jogo do título preciso decidir onde será a comemoração.

    ST

  3. Eu fiz o caminho contrário, Rods. E isso é um problema. Mas nos próximos 2 jogos em casa (Cruzeiro e Vasco) estarei lá.

    Abraço.

  4. Morar no rio é um privilégio. Torcer pro Flu e pode acompanhar os jogos ao vivo é uma felicidade. Ser tricolor é mais do que torcer por um clube, é experimentar a glória.

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