Ok, não tenho dúvidas de que o Fluminense lutou muito diante do Atlético – lutou mesmo. E respeito quem acha que o placar foi injusto. Mas não concordo.
Injustiça seria levar (novamente) gols irregulares, dois gols de pênaltis que não existiram ou equivalentes, mas não foi o caso. No fim do jogo fomos atropelados por diversos motivos, é um fato – e o jogo dura 90 ou 95 minutos, não 70 ou 60. Antes disso, o Júlio César (que falhou no gol de falta, mas fez grandes defesas) protagonizou um dos lances mais incríveis de todos os tempos, com aquela bola que bateu em suas costas e não entrou.
O Galo perdeu vários gols. Nós, no voleio de Pedro e num chute afobado de Douglas no primeiro tempo. Teve um outro.
Abel tem todo o crédito do mundo, é ídolo, tem um elenco com pouquíssimas opções. Não vai deixar de ser ídolo quando erra, e errar é humano – o problema é que no Fluminense e no mundo tem muita desumanidade a todo momento. Só não pode é insistir no erro.
Outra coisa: detesto esse negócio de apedrejamento das pessoas, em geral coisa de vagabundo que nunca fez nada que preste na vida e fala dos outros por não ter um currículo decente – principalmente em torno das Laranjeiras -, mas, sinceramente, é melhor que o João Carlos não seja relacionado para nosso último compromisso antes da Copa. Deixá-lo treinando para ver se melhora alguma coisa, até para preservá-lo. Do jeito que está, quando entra é como se tivéssemos um jogador expulso no ato. Mal demais.
A dureza é total, não temos um mango, há o risco de se perder peças importantes na janela de transferências e, para piorar, o cenário que se desenha nos bastidores da política é assustador, no melhor estilo da série Batman, tipo o Coringa se acertando com o Pinguim, o Duas Caras e o Senhor Frio. A diferença é que nas HQ, vilão é vilão mesmo, pra jogar contra, enquanto na Pindorama Tricolor os vilões fazem cara de mocinhos choque-de-ordem, desentendidos, fingindo que nada têm a ver com o que aí está ou esteve. Bom, deixa isso pro momento certo.
O principal agora, o mais importante num momento de emergência, é empurrar o time diante do Santos, para que não entremos no recesso do campeonato em situação delicada na tabela. Já fizemos boas partidas no Brasileiro, não há bicho-papão algum; agora, é preciso fazer a nossa parte. O Peixe vem de uma derrota em casa para o Inter, tem dez pontos, mas um jogo a menos (enfrentará o Vasco à frente na compensação), precisa subir. É uma partida que exige muita concentração.
Vencendo, ficamos perto da turma de cima novamente. Qualquer outro resultado será trash em todos os sentidos, botando gasolina num incêndio que lambe o clube há anos.
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Falando em gols irregulares, pênaltis mal marcados ou não dados, é impressionante o silêncio da grande mídia em relação às garfadas que o Fluminense sofreu na semana passada.
Longe de choramingar pelo momento de três derrotas consecutivas, assim como é inegável reconhecer a superioridade do Atlético ao final dos 5 a 2, é inegável reconhecer que Paraná e Flamengo (hahahahaha!) foram beneficiados de forma irregular contra o Flu.
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Pessoal, o PANORAMA entra em recesso logo após as resenhas de Fluminense x Santos, voltando logo depois do certame mundial. Durante o período, podem rolar colunas esparsas. Estamos trabalhando no livro da Copa 2018 com um time da pesada. É isso.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap
Continuando. A entrada da Unimed nos salvou em 1999. Por mais que eu deteste o titio Celso, por não ter obrigado o Flu a investir parte do dinheiro do patrocínio no clube, por não ter impedido que fizessem as dívidas que hoje continuam estourando aqui e ali, não posso negar que sem ele não teríamos 2010 e 2012, nem o doído vice da Libertadores. A minha grande preocupação é que dessa vez não haverá outra Unimed, estamos em um bote salva-vidas no meio do oceano, sem remos e sem água. Triste fim.
Essa união dos inimigos do Batman só tem uma diferença, do outro lado não estão Batman e Robin, há gente tão ruim quanto o Coringa e cia. Quem parecia ser melhor já se retirou, não sei se por perceber a impossibilidade de fazer algo de bom ou apenas por mera questão política, já de olho em 2019. Tenho 70 anos e só vi uma fase pior do que a atual: os anos dos rebaixamentos. Mas naquela época, pelo menos a torcida ajudava. Lembro que as rendas rivalizavam com a da série A, a torcida comparecia.
Agora já tenho uma boa ideia daqueles a quem você se refere nas colunas e concordo plenamente com a sua rejeição a todos eles.
ST
Bom dia, Paulo. O jogo que eu vi foi um claro aproveitamento de oportunidades. Eles fizeram, nós não. Apenas no caso do Júlio César, na minha opinião, eu nunca crucifico um goleiro quando a bola vai “onde a coruja dorme”. A barreira protege um canto, ele outro. Não tem jeito. Opinião. Agora, os salários já estão atrasando. Aí …….. abraços.
Ontem, depois de milênios, consegui assistir o 2o tempo do jogo. É exatamente isso. Podia ter saído uma vitória – e quando vi a bola rolar da bunda do goleiro pra trave e o sujeito reagir e pegar, achei que ela viesse.
A falha da falta é comum a quase todos os goleiros brasileiros. Um passo a menos e faltam os cinco centímetros que tirariam a bola do gol.
Só um adendo: “segue o líder” com sua tabela maravilhosa, enquanto os demais se lixam…