Há 116 anos… (por Marcus Vinicius Caldeira)

…O Rio de Janeiro parava de remar e seria surgiria a mais fantástica invenção da Cidade Maravilhosa: o Fluminense Football Club.

Depois disso, parafeaseando Nelson Rodrigues, “tudo seria paisagem”.

Nasci tricolor, e a médica que me ajudou a vir ao mundo deu para minha mãe (também tricolor) um escudo do Flu para pregar em uma camisa. Naquele tempo era assim, tudo costurado.

Depois, lembro-me do quarto da minha tia (também tricolor) no subúrbio do Rio de Janeiro, os recortes da Máquina e de Rivelino na parede.

Em 1980, comemorei o primeiro título (ainda no radinho de pilha e não no estádio)… Aquele do gol de falta do Edinho.

Em 83, 84 e 85, a apoteose. Os três títulos estaduais (era o campeonato mais importante do Brasil) e o título brasileiro, todos no estádio. Um adolescente feliz.

O Fluminense sempre foi isso, amor, paixão, alegria, festa, glórias, inteligência.

Infelizmente, o Flu das redes sociais de hoje é a antítese disso: baixarias, baixo astral, burrice, mentira e tudo mais. Não é o Fluminense que conheci. Mais deixa para lá. Hoje é festa. É celebração. Comemoração.

Os tempos são difíceis. Imaginávamos que o Flu estaria caminhando para o seu acerto financeiro na última gestão, mas o final dela foi desastroso. A tarefa é inglória. Mas, de novo, é tempo de celebração. Dane-se, por ora.

O Fluminense, das cores que traduzem tradição, de Gilberto Gil, Fagner, Tom Jobim, Jô, Carlos Heitor Cony, Fernanda Montenegro, Chico Buarque de Holanda, Cartola, Wilson Moreira, João Donato, Arthur Moreira Lima, Braguinha, João Roberto Kelly, Evandro Mesquita, todo conjunto Roupa Nova e tantos e tantos outros.

De Preguinho, Carlyle, Telê, Didi, Castilho, Tim, Romeu, Denilson, Carlos Alberto Torres, Gerson, o canhotinha de ouro, Edinho, Paulo Victor (nome do meu filho), Ricardo Gomes, Vica, Branco, Eduardo, Tato, Delei, Paulinho, Assis, Washington e meu maior ídolo e hoje, meu amigo, Romerito.

É uma dádiva ser tricolor.

Não é para qualquer um.

Se fosse para ser para qualquer um seríamos a maior torcida do Brasil.

Ainda bem que não somos.

No mais, salve Paulo Roberto Andel, o criador desse espaço e obrigado Óscar Cox.

O resto é resto!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: pan/armazém

1 Comments

  1. Bem não tenho o meu nome conhecido por uma multidão tao grande como os ai de cima, porém eu também sou tricolor desde a barriga de minha mãe, pais irmãos e filhos tricolores.
    62 anos de amor total nos bons e maus momentos, nunca vaiei meu time, jamais, mesmo quando morro de raiva e…nunca sai do estádio antes do apito final, mesmo nas piores derrotas.
    Que existam muitos maiores que nos para que possamos surra-los no gramado. Quem bate em pequeno é covarde. E o Fluminense nasceu para os…

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