Na coluna passada citei algumas quebras de tabu e, por “sorte”, quebramos mais uma deles: finalmente vencemos a Chapecoense. Mas o que parece estar chegando ao fim apenas parece, pois os fantasmas continuam atrás de nós.
Os fantasmas das contusões e do Z4. Não o Z4 onde que todos os times temem estar, mas aqueles que ali se encontram. O Fluminense pode fazer a melhor das campanhas, mas a velha mania de perder para times que estão lutando contra o rebaixamento segue firme.
A síndrome de Robin Wood seria algum tipo de temor, vício ou apenas a certeza de que seria um jogo fácil? Jogadores poupados para o Fla x Flu que, no final das contas, de nada adiantou; substituições tardias e o elenco travando uma luta com quem não havia vencido o campeonato uma vez sequer. Como explicar?
O Brasileiro é um campeonato longo ao qual não chegamos nem na metade e já encontramos diversas dificuldades pelo caminho: os principais jogadores machucados, alguns difíceis de entender o que fazem em campo e um erro ou outro da arbitragem. Nunca torci tanto pela pausa para a Copa. Hora de repensar táticas errôneas, mudar a postura e voltar àquela vontade das rodadas passadas; afinal, teremos tantas outras pedreiras até o final do ano.
E que falta faz o menino Pedro, algo que jamais pensaria em dizer. Como veio crescendo e se destacando… A sina do time infelizmente era levar gol, mas felizmente também fazer. Nessas duas últimas partidas, fomos apenas o levar. Ver a tranquilidade com que Vizeu arrumava a bola no pé – e marcava – era a certeza que nosso time tem muito o que ser reforçado, além da barca que precisaria ser montada o quanto antes. Sem essa de esperar até o final do ano.
Nada além do que deveria ser feito, mas são nas derrotas que a razão começa a voltar, até porque diante de vitórias muitas vezes os problemas são mascarados e nós, torcedores, queremos apenas saber dos três pontos a mais na continha e posição subindo.
Dois jogos antes do recesso para o Mundial, um fora e um dentro de casa, um time acima de nós na tabela e o outro abaixo. A oportunidade de conseguirmos ao menos arrancar um empate fora, uma vitória em casa e podermos respirar um pouco melhor, antes do clássico que acontecerá na volta do campeonato.
Não é fácil afastar tantos fantasmas e chutar tantas pedras, mas, ou começamos agora mesmo ou a brincadeira de cair mais e mais amargará todo o trabalho já realizado até aqui.
Panorama Tricolor
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Imagem: ise