Orgulho de ser tricolor (por Paulo Rocha)

Foi um daqueles jogos inesquecíveis. Ao lado de meu filho Arthur e do meu amigo de coração Paulo-Roberto Andel, presenciei a importantíssima vitória de 1 a 0 sobre o Cruzeiro, no Maracanã. Total exemplo de heroísmo, honrando a centenária história do clube que amamos.

Nossos primeiros três pontos neste Brasileirão foram conquistados num épico temperado por enorme dose de drama, como não poderia deixar de ser. Mas valeu a pena, saímos do Maraca vibrando com nossa bravura, voltamos para casa batendo no peito e cantando o orgulho de ser tricolor.

Não sei explicar, mas quando Gilberto foi expulso aos 15 minutos me veio uma sensação de que não perderíamos o jogo. Não lembrava a última vez na qual o time, em inferioridade numérica, havia superado um rival tecnicamente mais forte. Mas o Fluminense é especialista em quebrar paradigmas e coloquei minha fé nisso.

A raça da equipe, o gol de rosto do Pedro, a bola na trave, a defesa espetacular do Júlio César. Cada uma dessas coisas fez parte de um repertório sofrido, mas de final feliz. Meu filho roendo unhas ao meu lado quando a coisa estava feia, outra lembrança que não esquecerei jamais.

Pois bem, a vitória revigorou a alma de todos nós, tricolores. Mostrou-nos que, com raça e dedicação, é possível superar qualquer adversário. O Cruzeiro escalou alguns reservas? Tudo bem, mas quando partiram em busca do empate, colocaram em campo o que tinha de melhor. E, desde os 15 minutos de jogo, tinham um homem a mais em campo.

A arbitragem também foi um oponente. Mais pela complacência com os mineiros e os oito minutos de acréscimo do que pela expulsão do Gilberto. Mas tudo acabou bem. A torcida também fez a sua parte apoiando nos momentos mais difíceis. Estamos, todos nós, de parabéns. Mas, domingo, já teremos outra pedreira. Vamos com a mesma fé. E Salve Jorge!

Panorama Tricolor

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Imagem: paro