Consultoria grátis (por Rubem Gonzalez)

Caia na real, todas as guerras deste século foram por petróleo, mas ONGs espalham pelo mundo que cataventos e carrinhos solares já enterraram o combustível fóssil no planeta e o pretinho básico não é mais necessário.

O primeiro mundo não tem petróleo, só tem sede dele, os EUA consomem mais de 20% de todo combustível fóssil do planeta, tem menos de 1% das reservas, frauda sua produção com óleo roubado do terceiro mundo mas os malucos beleza continuam achando que o petróleo já era.

Se vocês pensam que o primeiro mundo não tem sede só de petróleo procure no pai dos burros eletrônico tag’s como exploração de xisto, petróleo, Alberta, Canadá e verá uma paisagem de filme de terror numa terra devastada apenas atrás do precioso líquido.

Não, não sou um curioso: 23 anos na indústria de petróleo me qualificaram como consultor na área, bem mais qualificado de que um bando de bundinhas aí que não tem a mínima ideia de onde o petróleo sai ou como ele é processado, repetem apenas tratados e dogmas da indústria sem conhecimento profundo da matéria.

O petróleo é primordial para o funcionamento do primeiro mundo porque o primeiro mundo é gelado, não é tropical, metade do ano se não houver calefação eles voltam para a idade da pedra, ao contrário de nós, tropicais e equatoriais que tomamos banho frio até no inverno mais rigoroso.

Anote aí, nem em 200 anos o petróleo será obsoleto ou deixará de ser riqueza, existem oceanos de petróleo ainda não prospectados, mas eles estão num polígono mortal ao centro e norte da África e hoje mais do que ontem o primeiro mundo mendiga por ele, mas esconde essa faceta de pedinte com uma falsa arrogância.

O primeiro mundo está na merda, está fudido, não tem recursos naturais para sustentar seu padrão de vida e aí simplesmente imprime papel, falam para nós que aquilo é super valioso, nós acreditamos e trocamos jazidas minerais, riquezas escorridas do nosso suor por simples papel pintado.

Lembro de pessoas sempre rindo quando se lembravam como os nossos primitivos silvícolas se vendiam por espelhos, panos e contas coloridas aos conquistadores europeus, rimos porque somos mais idiotas que os índios, ao menos espelhos e pedaços de pano tem alguma utilidade, bem melhor que um pedaço de papel sem valor com umas figuras impressas.

Nesse estranho manicômio que se transformou o mundo o Brasil que é do tamanho de toda a Europa ocidental, que tem riquezas imensuráveis, energia sem fim, alimentos que alimentariam uma população 10 vezes maior que a atual , uma costa litorânea de quase 8 mil quilometros é um país pobre.

Já Israel, um pedaço de rochedo, cercado de areia, onde só dá para criar escorpiões, meia duzia de pés de oliveira, umas duas quadras de tâmaras e é menor que o menor de nossos estados é riquíssimo porque simplesmente tem uma montanha desse papel pintado,

Essa montanha de papel ordinário está todinho pronto para levar tudo dos risonhos índios contemporâneos, todos eles aculturados, fantasiados de homem civilizado com um pedaço de pano pendurado no pescoço – há algo mais primitivo e ridículo que uma gravata e um conjunto de abotoaduras? – e ostentado títulos de economistas e diplomatas.

O Brasil e, no conjunto, a América do sul não precisa de ninguém no planeta, podemos mandar todos de volta e tocarmos nossas vidas isolados, mas isso não é possível por um simples detalhe: não dá para o primeiro mundo nem comer a areia de Israel, nem suas rochas e muito menos aquele papel de limpar a bunda tingido de verde.

São eles é que precisam da gente e não nós deles, eles morrem à míngua e congelados no inverno sem nós, as mulas de carga das américas, o dia que um novo Simón Bolivar unificar essa merda e conscientizar esse nosso povo da nossa força é o mundo que terá que se curvar , até lá continuaremos achando que papel tingido é mais nutritivo que um prato de arroz, feijão e um belo bife…

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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