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Preciso falar desse dia. Preciso falar da loucura que foi esse dia.
Lembro-me de ter vinte reais na carteira e uma tristeza sem fim de não poder ir ao jogo do Flu.
Um domingo, 08/06/2014, o jogo aconteceria as 17:30h e por volta de 8:30h alguns amigos ligavam e perguntavam onde eu estava. E eu, triste sempre respondia: “em casa, ué!”.
Até que um amigo que organizava caravanas me ligou e eu respondi a mesma coisa. Ele retrucou, que não era possível, e que eu ia, nem que fosse em pé no ônibus do maraca a Volta Redonda. E assim foi.
Como meu noivo morava em frente ao Maraca, ele se arrumou, desceu e eu… fiz minha mãe me levar no Maracanã, mas eu deveria estar lá em 15 minutos. Imaginem! Fazer de Madureira ao Maracanã em Q-U-I-N-Z-E minutos. E ela fez.
Lembrando que eu tinha 20 reais, eu e Yan (meu noivo) não tínhamos grana pra pagar os dois ingressos.
Em pé até Volta Redonda, chegamos e a torcida estava enérgica, estava feliz, iríamos ver grandes nomes do futebol.
Eu não tinha ingresso, não tinha dinheiro, mas só queria estar lá. Aí que surge o assunto do texto anterior: amigos.
Uma vaquinha e em menos de dois minutos eis que o ingresso estava ali, na minha mão. Eu, morta de vergonha, nunca havia acontecido isso, mas não estava em condições de recusar. E nem me lembro porque diabos o meu sócio não teria nenhum significado nesse dia!
Nervosa, celular caiu, quebrou a tela, fiquei incomunicável, nem tirei fotos (e olha que sou a lokaaa das fotos), mas só queria estar ali.
Entrei. A torcida estava ali, compareceram, um calor danado, jogo super distante, mas era um jogo histórico.
Eu sabia que a probabilidade de ganharmos era bem pequena, então não escondi o sorriso do rosto com o empate no primeiro tempo.
Cantamos, gritamos, eu – chorei (Não me julguem! Sou chorona), comemorávamos cada jogada. Vibração e emoção.
O placar terminou 5 a 3 para eles. Mas é aí? Vimos Pirlo, Balotelli e Bufon de pertinho. Vimos Diguinho driblar o Pirlo. Olha isso!
Vim embora com a sensação de ter participado novamente da história do Flu. Certamente um dia contarei isso aos meus filhos e será uma grande emoção.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: bab
Qualquer dia alguém posta “Ana, a louca”, mas só quem ama consegue ter explicação em vez de buscar lucidez ou ter razão. O Flu me faz fazer coisas que nem eu mesma acreditava conseguir e essas três cores se transformam em forças que me impulsionam. Esse amor independe de placar. #hajaoquehouver
Queremos sempre vencer, mas o importante é estar sempre com o Flu. Parabéns!
Muito bacana, é uma história de amor puro.