Jogadores que ganham milhões por ano de seus clubes e patrocinadores perdem pênaltis, gols feitos, todas as semanas. Ganham para não errar e erram o tempo todo. Prejudicam os seus times, decepcionam seus torcedores, e está tudo bem, tudo legal.
Árbitros não podem errar. Jamais.
Desde bem antes do jogo, já quando são escalados, começam a sofrer as pressões e os xingamentos de clubes, dirigentes, jogadores, vendedores de picolé, imprensa e torcida. O jogo começa e a loucura é total.
Vejamos o que aconteceu em Minas Gerais outro dia. A torcida raivosa e enlouquecida do Atlético-MG, incentivada pela diretoria e técnico do mesmo time, e é claro, pela imprensa local, preparou uma “festa”(??) deprimente para aguardar o time do Flu entrar em campo. Acusam o Fluminense de estar sendo favorecido pela arbitragem neste Brasileiro e que a liderança era manobra da CBF.
Nada mais patético e deprimente.
Esqueceram-se naturalmente de mencionar o jogo do primeiro turno, quando, além de jogar melhor, o Fluminense teve um gol anulado de forma vil. Essa torcida mineira junto com jogadores e o técnico Cuca, na sombra, protagonizaram um espetáculo triste, chocante.
E o papelão da diretoria do Palmeiras agora? Melhor o silêncio, penso.
Vamos deixar os árbitros apitarem e errarem, caramba. São assim em qualquer canto do mundo pela simples razão de serem – pasmem! – seres humanos.
A imprensa brasileira vem fazendo um papel feio, incentivando a torcida a linchar juízes, bandeirinhas e auxiliares. Só falam disso o tempo todo, e nas últimas semanas deflagraram essa campanha mesquinha e sórdida de que o Fluminense estava lá, na liderança, por conta da arbitragem.
É essa mesma imprensa que chama um jogador mediano como Luís Fabiano de “Fabuloso”.
Pode?
A mesma imprensa que rotula uma pessoa doente e jogador limitado como Adriano de “Imperador”.
Torcida brasileira, reaja. Torcida carioca e tricolores do Rio de Janeiro, unam-se ao time e conquistem o tetra para a nossa cidade. Isto com o tempo calará a boca dos insanos de plantão do Oiapoque ao Chuí.
E metade dos mineiros em particular.
Sergio Saraceni
Panorama Tricolor/ FluNews
@PanoramaTri
Contato: Vitor Franklin
Excelente! Um dia desses troquei um email com um jornalista da imprensa mineira, amigo meu, e disse algo parecido para ele. Depois, não adianta ficar recriminando a violência e fazer cara de paisagem. Todos têm uma parcela de responsabilidade.
Aparentemente, a imprensa percebeu que está praticamente instigando uma guerra civil e hoje em dia fala constantemente do lado humano dos árbitros e na impossibilidade de se competir com a máquina.
Já a questão de berrar contra os erros que desfavorecem e vibrar (ou esquecer) com erros que favorecem, só será consertada no dia que paixão não for mais entendida como burrice.
ST!
Sérgio, bem-vindo ao convívio do Panorama Tricolor, esperamos nos conhecer e trocar ideias a respeito do nosso Fluminense e da vida, por que estão interligados, afinal Fluminense é vida! (rsss).
Somos sim, humanos, demasiado humanos, e o erro historicamente nos marca mais que os acertos.
ST, Waldir e Waléria Barbosa (autores do livro, que brevemente será publicado, “Confissões de um Gigante”, baseado em depoimentos do atleta João Coelho Netto, o Preguinho, ao jornalista Waldir Barbosa, meu pai).