Afiando os cascos para a reta decisiva (por Paulo Rocha)

Com a parada do Campeonato Brasileiro em razão das Eliminatórias para a Copa da Rússia, o Fluminense ganhou (após a eliminação na Primeira Liga) um bom tempo para ajustar a equipe visando o duelo contra o Vitória, dia 10, em Salvador. Tempo para corrigir os defeitos e aprimorar as qualidades. Virá em boa hora, pois a sequência da temporada não terá mais intervalos como esse; será jogo em cima de jogo, pedreira em cima de pedreira, decisão em cima de decisão.

Espero que neste tempo Abel consiga dar equilíbrio ao time. Falta isso ao jovem time do Fluminense. É inconstante demais. No dia em que os zagueiros estão bem, os atacantes deixam a desejar; quando o ataque faz gols, a defesa dá mole. Isso sem falar na incapacidade de criação do meio-campo – com Scarpa fora do seu melhor, cabia a Wendel ditar o ritmo do setor. E Wendel é volante; pode ser obstinado, mas é volante, e não armador.

Digo cabia a Wendel, pois, agora, teremos a volta de Sornoza. Como fez falta o equatoriano. Parece já estar 100%, aguentar pelo menos 70 minutos. Será de uma utilidade monstruosa para a nossa equipe. Scarpa voltará a render, Wendel (caso fique mesmo até o final do ano) poderá se destacar atuando no lugar certo.

Sei que muita gente não concorda comigo, mas eu daria chance ao Cavalieri. Não que eu considere o Júlio César ruim, mas o Cava é o Cava. Tem cheiro de título. Falha algumas vezes, sim, mas quando está inspirado é tal qual um Castilho – nada passa, nem pênalti. Além disso, tem grande identificação com o clube e é adorado pelos mais jovens – aos quais, dá um ótimo exemplo de conduta profissional.

Abelão que me perdoe (e, espero, saiba entender meu lado torcedor), mas vou dar o meu time preferido: Cavalieri, Lucas, R. Chaves, Henrique e Léo; Orejuela, Wendel e Sornoza; Scarpa, Henrique Dourado e Wellington.  Espero que Robinho seja regularizado logo – tenho impressão de que brigará por uma vaga entre os onze que iniciam.

Após o Vitória, pelo Brasileirão, teremos a LDU (que tanto nos deve), pela Sul-Americana, num Maraca que, espero, receberá, no mínimo, 40 mil tricolores. Depois disso, Atlético-PR na casa deles; a seguir, LDU, desta vez  na altitude. E por aí vai. É pedreira em cima de pedreira, decisão em cima de decisão. Tarefa para um Time de Guerreiros.

Panorama Tricolor

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